
Foi então que no final do ano de 1959, o barretense Antônio Ribeiro de Oliveira chegara na pacata cidadezinha goiana, afim de trabalhar por algum tempo com sua tia. Certa vez, o forasteiro montado num burro, avistou a linda mocinha “de cintura fina e lindos cabelos castanhos”, caminhando no sentido contrário ao seu, em uma estrada de terra. Apaixonaram-se! E mesmo com o passar dos dias, Antônio não mediu esforços em descobrir sequer o seu nome, para lhe fazer uma serenata.
Em uma dessas tentativas, Antônio percebeu o acaso: Joanita era irmã de um de seus melhores amigos, Benedito, vulgo “Véi”. Quando o mesmo descobriu a paixão entre os jovens, contou a seu pai Jacinto. Este, não aceitou de modo algum o namoro entre o casal, já que Antônio era pobre. A paixão, entretanto, falou mais alto e, em apenas alguns dias, os dois amantes fugiram! Depois de uma viagem arriscada, vieram para Barretos, e no dia 30 de janeiro de 1960 casaram-se, tendo, em seguida, os filhos: Norma Francisca, Ivone, Maria Perpétua, Marco Antônio, Elizabeth e Marcelo, todos apaixonados pela história dos pais.
Escrevi aqui alguns traços da vida de uma das pessoas mais importantes para mim, alguém que certamente me ensinou a respirar, sentir e viver, minha querida avó. Domingo próximo, ela completa 68 anos, vividos com muitas batalhas e amor! Hoje, além de mãe, é avó de 15 netos e futura bisavó de 2 bisnetos. Com sua beleza elementar foi “Miss 3ª Idade”, em 2003, e encanta a todos com seu ''jeitinho goiano'' de falar e sua comida apimentada. Minha avó: EU TE AMO! Agradeço por existir e por ter acreditado no singelo amor do vovô, no que resultou na nossa família. Nesta data única, te desejo essencialmente: VIDA! Pois, sua história, “Vó Joana”, continua...!
Um beijo no seu coração. Da sua neta escritora, como você tanto gosta de dizer.
ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL ''O DIÁRIO'' (BARRETOS / SP), EM 28 DE AGOSTO DE 2008.