sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sensibilidade!

No último domingo, dia 21 de setembro, foi comemorado o “Dia do Gaúcho” em virtude das celebrações do Movimento Farroupilha (1835 – 1845). Nesta ocasião, os gaúchos não comemoram esta data em vão, mas sim em “grande estilo”. Posto que, eles organizam todo ano algumas atividades culturais realizadas na Semana Farroupilha, sendo esta nas palavras deles: “um momento especial de culto às tradições gaúchas, [...] [que] envolve praticamente toda a população do Estado”.
Neste ano, a Semana Farroupilha teve como tema “Nossos Símbolos: Nosso Orgulho!”. Em vista disso, a idéia dos organizadores foi a de valorizar e divulgar os símbolos oficiais e não-oficiais da Farroupilha, trazendo reconhecimento também para os aspectos históricos das pequenas cidades. Além disso, para demonstrar o autêntico orgulho que os gaúchos têm de sua história, a iniciativa estimula os estudos destes símbolos em todas as ocasiões possíveis, como por exemplo: nas escolas.
Pois bem, a partir deste belo exemplo que os gaúchos nos deram, como indivíduos práticos preocupados com a preservação da memória de sua região, podemos perceber como é importante o reconhecimento de um Patrimônio Cultural, seja ele através de símbolos, documentos, objetos ou até arquitetura. Tudo aquilo que caracterizou culturalmente uma época, seja de qualquer classe social, é considerado como herança histórica e deve ser estudado e conservado por nós, ditos cidadãos!
Na perspectiva econômica, uma cidade que preserva seu Patrimônio, mostra-se atraente para o setor turístico. E, com o aumento do turismo, a economia da cidade cresce com certa intensidade. Ainda mais, cria-se uma identidade cultural para o local, fazendo com que a população reconheça seu próprio espaço, se identifique e o preserve.
Por fim, há de se ressaltar que a história de uma cidade se constrói em capítulos, e que estes capítulos são feitos através das leituras que temos da mesma cidade. Por exemplo, nós “lemos” a urbanização histórica através de seus prédios arquitetônicos, e por isso eles devem ser preservados e não demolidos! Mas, isso só acontece se houver sensibilidade da população. Portanto, fica o apelo para os educadores, que trabalhem estas questões de “Memória” e “Preservação” com os jovens, para que possamos depois contar nossa própria história independentes de vitórias ou derrotas, assim como os gaúchos.

REFERÊNCIAS:
www.semanafarroupilha.com.br
Palestra do Mestrando Antônio Netto Júnior, na “Semana de História” da Fafibe.

OBS: Grande abraço para meu amigo “Gaúcho” Rodrigo de Moura.
ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL ''O DIÁRIO'' (BARRETOS / SP), EM 26 DE SETEMBRO DE 2008.

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