ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI MEDEIROS, EM 1º DE MAIO DE 2018, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS", PÁGINA 3
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“Aqui temos inestimáveis
valores artísticos, que viviam esparramados, sem que haja congraçamento, sem
uma entidade para regularizar essas situações. Por isso, considero um grande
esforço a criação da ABC” (Ruy Menezes, O Diário, 6/5/1983,
p.1).
E lá se foram 35 anos destas
palavras do jornalista Ruy Menezes saudando a criação da Academia Barretense de
Cultura; aniversariante de hoje! Palavras proferidas por um de seus fundadores,
os quais, em 1983, uniram-se em torno da fundação de uma academia que de fato
transitasse todos os verbos que a cultura merecia: promover, disseminar,
difundir, alcançar, realizar! E conseguiram! Pois seus fundadores não eram
apenas intelectuais, mas sim promotores e receptores de saberes, de arte, de
reflexão!
Desde o início do século XX,
Barretos se mostrou uma cidade inquieta por cultura, fosse por eventos com esse
viés, teatros ou agremiações e grupos geradores de debates filosóficos e
artísticos. Mas uma Academia, mesmo, só foi de fato concretizada naqueles anos
80, quando os fundadores da ABC perceberam que nossa terra tinha muito mais a
oferecer e a estudar sobre cultura. Afinal, como não criar uma academia numa
cidade em que viveram ícones como Euníce Spíndola, Jorge Andrade, Silvestre de
Lima e tantos outros? Seria uma injustiça com a própria história de Barretos
não existir uma instituição que de fato imortalizasse a obra de tantos
imponentes personagens dos saberes culturais.
Assim nasceu a ABC, com a difícil
missão de manter vivo o legado de seus 40 de patronos (homens e mulheres). E mais!
Ir além, atuando como veículo para seus membros pensarem e promoverem novas
formas de alcance da cultura, de modo que todos os saberes (e sabores) da arte,
da ciência e do conhecimento sempre estivessem presentes no cotidiano dos
barretenses. Desta forma, a ABC se mantém (muito!) ativa com as dezesseis
edições do Concurso Nacional de Contos “Prêmio
Jorge Andrade” e suas seis coletâneas com os melhores contos, o grande acervo
da Pinacoteca Poética e da Biblioteca “Olivier. W. Heiland”, além de suas
atividades constantes de lançamento de livros, palestras, cinema comentado,
exposições, os saraus “Arte dando Canja”, dentre muito mais.
Imortais não são somente as obras dos
patronos e acadêmicos da ABC, imortais são as alegrias e reflexões promovidas
pela Academia ao povo de Barretos. Imortais são os anos de tamanha dedicação àquilo
que torna a humanidade mais evoluída: a cultura.
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