sexta-feira, 15 de junho de 2018

CEM ANOS DO “ÁLBUM DE BARRETOS” (PARTE 6)


ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI MEDEIROS, EM 14 DE JUNHO DE 2018, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS", PÁGINA 2 

            Para finalizar nossa série sobre os cem anos do Álbum de Barretos, discorreremos sobre o autor, Absay de Andrade. Vários memorialistas e historiadores citaram em suas pesquisas o referido álbum, mas pouco se fala sobre Absay e suas demais obras.
            Ao pesquisar o nome de Absay nas plataformas digitais de jornais antigos de São Paulo, é considerável a quantidade de vezes que ele é citado em periódicos. Pesquisando algumas notas de jornais, telefonando a vários departamentos culturais de cidades onde este escritor viveu e procurando em arquivos e cartórios, foi possível colher alguns dados sobre ele. Poucas informações, porém valiosas a quem um dia pretende pesquisar mais.
             Absay era mineiro, da cidade de Bonfim. Nasceu em 3 de maio de 1875, filho de José Joaquim de Andrade Rezende. Atuou em cidades de São Paulo e Minas Gerais como advogado e promotor público. Exerceu cargos políticos de prefeito e vereador em Igarapava, e residiu em diversas cidades paulistas. É citado em alguns trabalhos acadêmicos como jornalista e escritor de revistas científicas (haja vista ter pertencido à Sociedade Scientífica de S. Paulo). Era casado com a sra. Malvina da Silva Andrade, pai de Danton Guttenberg de Andrade e Carmem de Andrade e avô de Danton, Nelson e Luiz Carlos. Faleceu na cidade de Itajobi, em 6 de abril de 1951, onde residia.
            As principais citações sobre Absay nos jornais são sobre seu desempenho como político na década de 1910, membro da Guarda Nacional e como advogado. Porém, para a história regional e a história paulista, ele nos importa como um escritor que reuniu importantes informações sobre o século XIX e XX de vários municípios de São Paulo, escrevendo monografias que hoje são usadas como fontes históricas sobre nossas cidades.           Muito bom poder revelar dados sobre este autor que tanto colaborou para a (re)construção da história de nossa cidade. A história local e regional clamam por pesquisas que revelem nomes, informações e o uso devido dos arquivos. Assim, fechamos os 100 anos do álbum de Barretos! E que no próximo centenário ele ainda seja usado para novas teorias e descobertas sobre o passado barretense e regional!
(Fontes: jornais “Correio Paulistano”, “Estadão” e Cartório de Registro Civil de Itajobi).

Nenhum comentário: