ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI MEDEIROS, EM 14 DE JUNHO DE 2018, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS", PÁGINA 2
Para finalizar nossa série sobre os
cem anos do Álbum de Barretos, discorreremos sobre o autor, Absay de Andrade.
Vários memorialistas e historiadores citaram em suas pesquisas o referido álbum,
mas pouco se fala sobre Absay e suas demais obras.
Ao pesquisar o nome de Absay nas
plataformas digitais de jornais antigos de São Paulo, é considerável a
quantidade de vezes que ele é citado em periódicos. Pesquisando algumas notas
de jornais, telefonando a vários departamentos culturais de cidades onde este
escritor viveu e procurando em arquivos e cartórios, foi possível colher alguns
dados sobre ele. Poucas informações, porém valiosas a quem um dia pretende
pesquisar mais.
Absay era mineiro, da cidade de Bonfim. Nasceu
em 3 de maio de 1875, filho de José Joaquim de Andrade Rezende. Atuou em
cidades de São Paulo e Minas Gerais como advogado e promotor público. Exerceu
cargos políticos de prefeito e vereador em Igarapava, e residiu em diversas
cidades paulistas. É citado em alguns trabalhos acadêmicos como jornalista e
escritor de revistas científicas (haja vista ter pertencido à Sociedade
Scientífica de S. Paulo). Era casado com a sra. Malvina da Silva Andrade, pai
de Danton Guttenberg de Andrade e Carmem de Andrade e avô de Danton, Nelson e
Luiz Carlos. Faleceu na cidade de Itajobi, em 6 de abril de 1951, onde residia.
As principais citações sobre Absay nos
jornais são sobre seu desempenho como político na década de 1910, membro da
Guarda Nacional e como advogado. Porém, para a história regional e a história
paulista, ele nos importa como um escritor que reuniu importantes informações
sobre o século XIX e XX de vários municípios de São Paulo, escrevendo
monografias que hoje são usadas como fontes históricas sobre nossas cidades. Muito bom poder revelar dados sobre
este autor que tanto colaborou para a (re)construção da história de nossa
cidade. A história local e regional clamam por pesquisas que revelem nomes,
informações e o uso devido dos arquivos. Assim, fechamos os 100 anos do álbum
de Barretos! E que no próximo centenário ele ainda seja usado para novas
teorias e descobertas sobre o passado barretense e regional!
(Fontes: jornais “Correio Paulistano”, “Estadão” e
Cartório de Registro Civil de Itajobi).
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