ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA ARMANI MEDEIROS, EM 09 DE AGOSTO DE 2018, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS", PÁGINA 2
Amor. Carinho. Acalento. Apego.
Presença. Colo. Aconchego. Afeto. Abraço. Disponibilidade. Educação. Saúde. Família.
Tempo. Consciência. Paciência. Perseverança. Dedicação. Informação. Intuição.
Vínculo. Vida. Leite materno.
Todas estas palavras não são simples
substantivos, estão finalizadas por “ponto final” por representarem por si só uma
frase inteira, declarativa. Porém, contextualmente unidas num parágrafo,
simbolizam uma mesma ideia: a relação estrita entre o “aleitamento materno” e
os sentimentos afetivos entre mãe e filho (e toda família).
Foi com tais expressões que o Dr.
José Martins Filho, pediatra e catedrático da Unicamp, palestrou no dia 2 de
agosto sobre a importância do aleitamento materno para o bom desenvolvimento
físico e emocional das crianças, além de seus resultados positivos à vida
adulta. Tal palestra foi parte da “Semana
Municipal de Aleitamento Materno”, instituída inicialmente pela Lei n. 3.461 de
2001, mais tarde alterada pela Lei n. 5.432 de 2017 da Câmara Municipal. O
evento contou ainda com a participação de mães do “Projeto Gerar”, que realiza
diversos atos por toda cidade neste mês.
Com 11 livros publicados, o Dr.
Martins falou com propriedade sobre um assunto que é tão natural, mas ainda visto
com complexidade, polêmica e desinformações. Em palavras simples, ele
demonstrou que amamentar os bebês é um gesto paralelo à informação, resistência
e coragem por parte das mães e necessita de incentivo da família; sendo seu
resultado muito além do visível alimento transmitido pelo leite. A amamentação
inicia um vínculo de afeto que deve ser estendido por toda a infância, para que
as crianças se tornem adolescentes e adultos emocionalmente equilibrados e
felizes, contribuindo para menores índices de depressão e violência na
sociedade. O pediatra ainda tocou em assuntos importantes como o “olhar para
mãe” neste período, devido a exterogestação, a licença maternidade e a
terceirização da educação das crianças.
Que este assunto volte às páginas do
jornal, às redes sociais e aos lares familiares todas as semanas do ano, pois
amamentar é natural, mas seu envolvimento social exige muito mais discussão.
Afinal, um gesto de amor, como esse, merece valor. E clamor.
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