quinta-feira, 15 de agosto de 2019

NOEMI NOGUEIRA, UMA PIONEIRA

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 13 DE AGOSTO DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS    


           
Profª NOEMI HILDA NOGUEIRA.
Fotografia original doada pela família
ao Museu "Ruy Menezes".
Noemi Hilda Nogueira é a personagem histórica do meu artigo da Coletânea “Escritores de Barretos em Verso e Prosa”, lançada no último sábado na ABC. Ao lado de 22 autores de contos e ensaios, meu artigo cintilou parte da vida da professora e tradutora, pioneira na imprensa barretense. Dar voz à Profª Noemi e destacar sua produção intelectual era uma necessidade. Uma releitura da história local, que se porta com seriedade à participação feminina no desenvolvimento cultural de Barretos.
            Noemi Nogueira, nascida em Resende-RJ em 1874, formada em Niterói em 1889, veio a Barretos em 1893, foi professora e a primeira mulher a colaborar no jornal “O Sertanejo” em 1900. Ao longo da história traçada pelo memorialismo barretense, por vezes ela foi citada por tal pioneirismo, embora o destaque maior fosse por ela ser filha do advogado e ex-intendente dr. Pedro Paulo de Souza Nogueira (1844-1938).    
Mesmo em poucas páginas, a biografia de Noemi precisava ser mais detalhada, inclusive para pulsar novos questionamentos e pesquisas. Seus parcos 37 anos de vida se materializaram quando nossa cidade iniciava seu desenvolvimento, em passos curtos. Uma cidade sertaneja, marcada por conservadorismo e politicagem, tinha raízes culturais de letramento e arte lançadas por personalidades como Noemi.
            Para compor o artigo da coletânea, me debrucei sobre a vida dela lendo todas as edições do jornal “O Sertanejo” disponíveis, entendendo os romances que ela traduzia, suas relações e mentalidade. Tive auxílio da família Nogueira, por intermédio da gentil sra. Noemi Affonso e do sr. Joseli Nogueira Lélis, pessoas as quais nutro profunda gratidão. Além, do Arquivo Histórico de Resende, que possuía alguns materiais sobre a família. Porém, essa pesquisa só foi viabilizada graças a gentileza da sra. Carmem Nogueira, hoje falecida, mas que, em 2014, tanto me ajudou com sua coleção do jornal “O Sertanejo”, hoje doada ao Museu Ruy Menezes. Fiz-lhe a promessa que o meu trabalho sobre Noemi, seria a ela dedicado. Promessa cumprida com gratidão.

Link da publicação no site do jornal "O Diário": 


Artigo original publicado no jornal "O Diário", 13/8/2019, página 2:

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