Historiografia é um termo utilizado para designar a “escrita da história” nos mais variados trabalhos, bem como um “meio de comunicação” entre os estudos dos historiadores para com a sociedade e seus campos econômicos, políticos e culturais. Eis a relação de estudante e estudado. Nesse contexto, a historiografia passa por algumas modificações, a fim de se adaptar com mais afinco aos estudiosos de cada “escola histórica” de determinada época.
Na Grécia Antiga, o historiador Políbio já rejeitava a retórica, ou seja, aqueles discursos brilhantes na oratória, porém, obstante de qualquer praticidade. E, o fato dele denunciar os seus companheiros como “meros retóricos” já foi um salto para o início da modificação da historiografia. A partir de então, tivemos no século XVIII os historiadores do Iluminismo, que lutaram por uma história não mais restrita aos fatos políticos e militares, e sim por uma história voltada à organização e aos hábitos da sociedade.
No século XIX, a escrita da história sofreu forte influência da sociologia, com Emile Durkheim e August Comte. Com estes, aprimoraram-se as teorias do positivismo, onde, entre muitas outras, a visão “linear e progressista” ajustou-se na história. No entanto, foi no século XX que aconteceu uma brilhante reação contra este “paradigma tradicional” da historiografia, com o surgimento da Escola dos Annales.
Fundada por Lucien Febvre e Marc Bloch, em 1929, os “Annales” basicamente reformularam a história para as análises do “longo tempo”, isto é, sem considerar somente os fatos marcantes. Por exemplo, revalidou-se os grandes ciclos econômicos e as expressivas mudanças culturais como forma de examinar as estabilidades e os problemas do homem social. E, além disso, houve uma fragmentação do estudo histórico, pois, de acordo com as especificidades, surgiram a história econômica, história das mentalidades, história do pensamento político, história regional e outras.
Enfim, com todas estas transformações, a historiografia deve sempre retratar detalhadamente os procedimentos reais da sociedade e reproduzir toda a atividade humana. E, cabe ao historiador a função de criticar os acontecimentos e organizar e explicar o mundo do passado.
REFERÊNCIA:
Na Grécia Antiga, o historiador Políbio já rejeitava a retórica, ou seja, aqueles discursos brilhantes na oratória, porém, obstante de qualquer praticidade. E, o fato dele denunciar os seus companheiros como “meros retóricos” já foi um salto para o início da modificação da historiografia. A partir de então, tivemos no século XVIII os historiadores do Iluminismo, que lutaram por uma história não mais restrita aos fatos políticos e militares, e sim por uma história voltada à organização e aos hábitos da sociedade.
No século XIX, a escrita da história sofreu forte influência da sociologia, com Emile Durkheim e August Comte. Com estes, aprimoraram-se as teorias do positivismo, onde, entre muitas outras, a visão “linear e progressista” ajustou-se na história. No entanto, foi no século XX que aconteceu uma brilhante reação contra este “paradigma tradicional” da historiografia, com o surgimento da Escola dos Annales.
Fundada por Lucien Febvre e Marc Bloch, em 1929, os “Annales” basicamente reformularam a história para as análises do “longo tempo”, isto é, sem considerar somente os fatos marcantes. Por exemplo, revalidou-se os grandes ciclos econômicos e as expressivas mudanças culturais como forma de examinar as estabilidades e os problemas do homem social. E, além disso, houve uma fragmentação do estudo histórico, pois, de acordo com as especificidades, surgiram a história econômica, história das mentalidades, história do pensamento político, história regional e outras.
Enfim, com todas estas transformações, a historiografia deve sempre retratar detalhadamente os procedimentos reais da sociedade e reproduzir toda a atividade humana. E, cabe ao historiador a função de criticar os acontecimentos e organizar e explicar o mundo do passado.
REFERÊNCIA:
BURKE, Peter. A escrita da história: novas perspectivas.
Tradução de Magda Lopes – SP: Editora Unesp. 1992.
Tradução de Magda Lopes – SP: Editora Unesp. 1992.
ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL ''O DIÁRIO'' (BARRETOS/SP), EM 25 DE JULHO DE 2008.