terça-feira, 10 de setembro de 2019

115 ANOS DE ZÉ DE ÁVILA (PARTE I)

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 10 DE SETEMBRO DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS  


José de Ávila
(Fonte: Acervo da Academia
Barretense de Cultura - ABC)
            Era 11 de setembro de 1904 quando, nas terras mineiras de Alfenas, nasceu José de Ávila – há 115 anos. Na vida, foi pecuarista, comerciante, artesão, mas, sobretudo, poeta. Trovador e sonetista! Lembrado como um senhor alto, de mãos igualmente enormes e voz forte, é também citado como um homem simples, de palavras e gestos leves. Talvez seja este o contraponto que nos instiga a conhecê-lo melhor.
            Homenageado pela Academia Barretense de Cultura – ABC – no próximo dia 12 de setembro por meio de uma exposição artística que conta com a participação de 32 pintores barretenses, José de Ávila tem sido fonte de leitura e inspiração destes artistas nos últimos meses. A ABC teve a dignidade de imortalizar a obra de seu acadêmico in memoriam nas cores e pinceladas de pintores que se inundaram nas trovas de Zé de Ávila, enobrecendo – ainda mais - o seu lirismo.
            José de Ávila foi um dos fundadores da ABC, titular da cadeira 13, onde foi membro até sua morte, em 26/9/1991. Naquele tempo, ele residia no bairro América, junto a sua esposa Zilda Fernandes e a filha deles, Elizabeth. Ficou em Barretos por mais de 20 anos, o suficiente para poetizar a cidade e sua cultura sertaneja em suas trovas e poemas. Antes de 1970, nosso trovador já havia morado em Alfenas e São Paulo, era viúvo e pai de 5 filhos: Orpheu, Odisseia, Geraldo, Maria Expedita e Alfenus.
            Quando veio residir em Barretos, ele já ERA o “Zé de Ávila”, conhecido trovador e colecionador de amizades sinceras no meio literário. FOI também escultor e artesão em peças em madeira, ricamente trabalhadas em detalhes e guardadas por alguns barretenses que ainda as têm como acervo raro. FOI autor de mais de 20 livros entre trovas, sonetos e romance, editados em Minas Gerais, na cidade de Pouso Alegre, e em Barretos pela Intec e outras editoras. Depois de ter sido tanto, É agora eternizado não só pelas rimas de suas trovas, mas, sobretudo, pela alma que brotaram delas.
            O poeta morre, a poesia não. É insistente. Reluz e conduz. [continua].

Referência Bibliográfica:
ÁVILA, Zé de. Galo Músico, 2ª edição. Barretos: INTEC, 1989.

Link da publicação no site do jornal "O Diário":

Artigo original publicado no jornal "O Diário", 10/9/2019, página 2:

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