Pintura produzida pelo artista WILSON CASSI. (Fonte: acervo pertencente à Pinacoteca Poética da Academia Barretense de Cultura - ABC) |
No
último dia 12 de setembro, a Academia Barretense de Cultura expôs em ricas
obras de arte as trovas do poeta José de Ávila (acadêmico in memoriam da cadeira 13), cumprindo honrosamente seu papel em
imortalizar a obra de seus acadêmicos.
À um literato como Zé de Ávila cabe
leituras, releituras e interpretações diversas. Tudo isso por ele ter sido um
leitor assíduo e escritor dedicado, acumulando grande repertório literário, o
qual multiplicava trovas e sonetos de temáticas líricas, filosóficas e
humorísticas em seus livretos. Mas, não resguardava a si todo esse
conhecimento, visto ter sido integrante de importantes academias nos estados de
SP, MG, GO e RJ, tais como: Academia
Municipalista de Letras de Minas Gerais, a Arcádia de Letras de Alfenas, a
União Brasileira de Trovadores, a Academia de Ciências, Filosofia e Letras de
Anápolis – Goiás, a Academia Eldoradense de Letras, a Academia de Poesia Raul
de Leone – Petrópolis (RJ) e a Academia Barretense de Cultura.
Não só as
trovas revelam a personalidade do autor, mas os prefácios de seus livros
prestam este serviço de maneira crítica e histórica. São mais de 20 livros, alguns
prefaciados por barretenses, já que Zé de Ávila por aqui viveu por muitos anos.
Matinas Suzuki, Ruy Menezes, Henrique Prata, Sebastião Misiara, os irmãos Luiz
Antônio e João Monteiro de Barretos Neto são alguns deles; além do artista
Wilson Cassi cuja assinatura registra preciosas ilustrações de capa de alguns dos
livros do trovador.
Algo em comum norteiam os prefácios:
a captação do lirismo do autor em suas trovas que versam sobre amor, natureza,
filosofia e humor. Em todos os livros, encontram-se pensamentos sobre o amor
romântico, a mulher, a vida no campo, o peão de boiadeiro, os animais (como ele
amava cigarras e pássaros!), as flores, delírios e dramas sobre a vida. São
impressões de trovas lidas rapidamente, mas que despertam em quem prefaciava os
livros e em nós, meros leitores, inquietação, sorrisos, emoções e calor humano.
Confortável, muito da vida coube naquelas pequenas trovas. [continua].
Link da publicação no site do jornal O Diário:
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