quinta-feira, 26 de setembro de 2019

115 ANOS DE ZÉ DE ÁVILA (PARTE II)

Pintura produzida pelo artista WILSON CASSI.
(Fonte: acervo pertencente à Pinacoteca Poética
 da Academia Barretense de Cultura - ABC)
ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 17 DE SETEMBRO DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS 


            No último dia 12 de setembro, a Academia Barretense de Cultura expôs em ricas obras de arte as trovas do poeta José de Ávila (acadêmico in memoriam da cadeira 13), cumprindo honrosamente seu papel em imortalizar a obra de seus acadêmicos.
            À um literato como Zé de Ávila cabe leituras, releituras e interpretações diversas. Tudo isso por ele ter sido um leitor assíduo e escritor dedicado, acumulando grande repertório literário, o qual multiplicava trovas e sonetos de temáticas líricas, filosóficas e humorísticas em seus livretos. Mas, não resguardava a si todo esse conhecimento, visto ter sido integrante de importantes academias nos estados de SP, MG, GO e RJ, tais como: Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, a Arcádia de Letras de Alfenas, a União Brasileira de Trovadores, a Academia de Ciências, Filosofia e Letras de Anápolis – Goiás, a Academia Eldoradense de Letras, a Academia de Poesia Raul de Leone – Petrópolis (RJ) e a Academia Barretense de Cultura.
            Não só as trovas revelam a personalidade do autor, mas os prefácios de seus livros prestam este serviço de maneira crítica e histórica. São mais de 20 livros, alguns prefaciados por barretenses, já que Zé de Ávila por aqui viveu por muitos anos. Matinas Suzuki, Ruy Menezes, Henrique Prata, Sebastião Misiara, os irmãos Luiz Antônio e João Monteiro de Barretos Neto são alguns deles; além do artista Wilson Cassi cuja assinatura registra preciosas ilustrações de capa de alguns dos livros do trovador.
            Algo em comum norteiam os prefácios: a captação do lirismo do autor em suas trovas que versam sobre amor, natureza, filosofia e humor. Em todos os livros, encontram-se pensamentos sobre o amor romântico, a mulher, a vida no campo, o peão de boiadeiro, os animais (como ele amava cigarras e pássaros!), as flores, delírios e dramas sobre a vida. São impressões de trovas lidas rapidamente, mas que despertam em quem prefaciava os livros e em nós, meros leitores, inquietação, sorrisos, emoções e calor humano. Confortável, muito da vida coube naquelas pequenas trovas. [continua].

Link da publicação no site do jornal O Diário:

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