ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 16 DE JUNHO DE 2020
(página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS
Profº Fausto Lex. Fonte da foto: MONTEIRO, Eduardo Carvalho. Anália Franco: a grande dama da educação brasileira. São Paulo: Madras, 2004. |
Quando veio para Barretos, lecionava
com sua esposa na única escola pública da cidade, porém, inaugurado o 1º Grupo
Escolar, em 1912, logo fora nomeado como professor do Estado. Pelas notas
jornalísticas, vê-se que era grande incentivador das artes, inclusive chegou a
doar dois quadros de sua autoria ao Grêmio Literário e Recreativo (do qual foi
fundador), e frequentava exposições de arte na capital (como uma da modernista
Anita Malfatti em 1918). Fomentou, ainda, a prática do bascket-ball na
cidade. Somando-se a isso, para ensinar Geologia, Botânica e Zoologia a seus
alunos, realizava excursões nos ambientes naturais pelos arredores da cidade. Promovia
também festas temáticas, como a “Festa das Aves”, realizada no Teatro Aurora em
1913.
Neste ínterim, a imprensa paulista
divulgou notas sobre as experiências quanto as turfas extraídas das jazidas
descobertas pelo Profº Fausto Lex na usina da empresa Orion, em Barretos, no
ano de 1917. Sua dedicação aos estudos dos recursos naturais misturava-se à
veia poética, tanto que Ruy Menezes eternizou, em seu “Espiral”, a poesia “No
Maribondo”, de Fausto Lex, sobre a preciosa cachoeira do Marimbondo.
Não é difícil de se imaginar,
portanto, de onde vinha sua paixão pela pesca e à psicultura, visto que, em
1922, lançou a 1ª edição de seu livro “A Pesca”; reeditado em 1941 com o
título “Vamos pescar... e trazer peixes”. Um fato curioso sobre esta
obra e a biografia de Fausto Lex, porém, é pouco falado. Mas, importante.
[continua].
Fontes:
Jornal "Correio Paulistano", São Paulo/SP, edições: 21/101911 (ed. 17.324); 09/04/1913 (ed. 17.856); 10/05/1917 (ed. 19.336); 04/01/1918 (ed. 19.574) - Arquivo da Biblioteca Nacional.
MENEZES, Ruy. Espiral: história do desenvolvimento cultural de Barretos. Barretos: INTEC, 1985, p. 122.
ROCHA, Osório. Barretos de Outrora. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1954, p. 229-230.
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