terça-feira, 5 de janeiro de 2021

E SE? (Parte 4)

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 25 DE DEZEMBRO DE 2020 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS            

Se eu pudesse voltar no tempo, curiosa como sou, ficaria admirando a arquitetura da segunda igreja matriz, aquela que foi demolida para se construir a atual. As fotos que existem dela mostram-na somente em sua lateral e traseira, eu queria tanto poder vê-la defronte, admirando sua arquitetura do século XIX. Assim como eu ficaria contemplando a arquibancada “lindíssima” do primeiro hipódromo de Barretos, de 1919, construído no território atual do Unifeb; onde os barretenses se entretinham.

Eu presenciaria o nascimento da Loja Maçônica Fraternidade Paulista, em 1897, só para ter a oportunidade de conversar com seu fundador Joaquim Fernando de Barros e pedir para ele me contar sobre as ideias do separatismo paulista que ele defendia décadas antes. Adoraria saber das ideias do Padre José Ceccere, fundador do Grêmio, que havia escrito, no começo do século XX, o livro “Questões Vitais” (eu imploraria para ele me dar um exemplar, já que hoje não encontro nenhum). Na mesma época, eu indagaria o juiz Dr. João Baptista Martins de Menezes sobre como era a vida de estudante de Direito no Largo São Francisco anos antes da Abolição. Perguntaria também sobre como de fato se deu a ajuda dele na comunidade da Igreja do Rosário. Em falar nisso, eu faria de tudo para conhecer a Sra. Victorina Osória Silvares, aquela que doou as terras para além da estação à comunidade do Rosário. Vi que ela se divorciou de Francisco Silvares, em 1915, e queria conversar com ela sobre isso. 

Gostaria de saber como, de verdade, foi a notícia do suicídio do presidente Vargas, um dia antes das comemorações do Centenário da cidade, e saber como foi a alteração dessa programação. Queria saber de Zé de Ávila se para ser um bom trovador era necessário ser tão alto como ele ou se só bastaria um coração sensível. Ouviria atentamente o Profº Aymoré do Brasil executar o Hino Barretense pela primeira vez, em 1950. Fausto Lex eu não deixaria em paz, queria saber tudo sobre as suas descobertas científicas na bacia do Rio Grande e sobre seu conhecimento indígena. [continua...].

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