ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 25 DE DEZEMBRO DE 2020 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS
Se
eu pudesse voltar no tempo, curiosa como sou, ficaria admirando a arquitetura
da segunda igreja matriz, aquela que foi demolida para se construir a atual. As
fotos que existem dela mostram-na somente em sua lateral e traseira, eu queria
tanto poder vê-la defronte, admirando sua arquitetura do século XIX. Assim como
eu ficaria contemplando a arquibancada “lindíssima” do primeiro hipódromo de
Barretos, de 1919, construído no território atual do Unifeb; onde os
barretenses se entretinham.
Eu
presenciaria o nascimento da Loja Maçônica Fraternidade Paulista, em 1897, só para
ter a oportunidade de conversar com seu fundador Joaquim Fernando de Barros e
pedir para ele me contar sobre as ideias do separatismo paulista que ele
defendia décadas antes. Adoraria saber das ideias do Padre José Ceccere,
fundador do Grêmio, que havia escrito, no começo do século XX, o livro
“Questões Vitais” (eu imploraria para ele me dar um exemplar, já que hoje não
encontro nenhum). Na mesma época, eu indagaria o juiz Dr. João Baptista Martins
de Menezes sobre como era a vida de estudante de Direito no Largo São Francisco
anos antes da Abolição. Perguntaria também sobre como de fato se deu a ajuda
dele na comunidade da Igreja do Rosário. Em falar nisso, eu faria de tudo para
conhecer a Sra. Victorina Osória Silvares, aquela que doou as terras para além
da estação à comunidade do Rosário. Vi que ela se divorciou de Francisco
Silvares, em 1915, e queria conversar com ela sobre isso.
Gostaria de saber como, de verdade, foi a notícia do suicídio do presidente Vargas, um dia antes das comemorações do Centenário da cidade, e saber como foi a alteração dessa programação. Queria saber de Zé de Ávila se para ser um bom trovador era necessário ser tão alto como ele ou se só bastaria um coração sensível. Ouviria atentamente o Profº Aymoré do Brasil executar o Hino Barretense pela primeira vez, em 1950. Fausto Lex eu não deixaria em paz, queria saber tudo sobre as suas descobertas científicas na bacia do Rio Grande e sobre seu conhecimento indígena. [continua...].
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