ARTIGO PUBLICADO
PELA PROFª ESP. KARLA ARMANI MEDEIROS, EM 28 DE AGOSTO DE 2018, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS", PÁGINA 2
Nas últimas semanas discutimos sobre
o quanto a chamada “história de Barretos” pode ser plural a partir de
releituras sobre suas principais fontes históricas. Sabemos que obras como
“Barretos de Outrora”, “Espiral”, “Álbum Centenário” e outras tantas, são as
fontes históricas de maior consulta aos historiadores e pesquisadores desde o
século XX. Mas, elas podem ser melhor aproveitadas, se, analisadas de maneira
mais ampla, questionando o contexto as quais foram escritas, as prioridades de
assuntos e tateando novos personagens e grupos sociais tão importantes à
formação da identidade barretense.
Tais livros memorialistas, junto aos
jornais antigos, fotografias e documentos públicos e privados (como atas da
Câmara Municipal, de instituições, escolas, igrejas e cartórios) são ricas
fontes que podem ser analisadas de forma crítica. Dentro dos 164 anos de
fundação da cidade, existem inúmeros assuntos que podem ser tratados de forma
específica. Sendo assim, a cidade torna-se foco de trabalhos sobre dados
estatísticos e populacionais (em série), estudos de arte e iconografia, monumentos,
patrimônios culturais, biografias, testemunhos orais, símbolos de protestos e
resistência, acontecimentos civis e militares, movimentos sociais, dentre
outras coisas.
Estudos baseados em tais tipos de
problematizações são aqueles condicionados por pesquisadores em universidades
ou historiadores formados. São teses de doutorado e mestrado, artigos
acadêmicos, livros ou trabalhos de conclusão de curso de graduação e
pós-graduação. Esses tipos de publicações já existem sobre a nossa cidade, mas
precisam ser melhor consultadas e divulgadas. Afinal, a “história de Barretos”,
tão vislumbrada neste mês de agosto, nada mais é do que uma série de recortes
sobre as mais de 16 décadas de fundação e dos milhares de habitantes circulantes
por esse chão.
Fica, portanto, o desejo de que os
trabalhos científicos sobre a história da cidade continuem a ser produzidos,
mais procurados pela imprensa, melhor propagados aos cidadãos e traduzidos de
maneira adequada às crianças. Todos tendem a ganhar com isso.
Um comentário:
É só no olhar para trás que se vê o quê que ao aqui nos traz.
GK
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