ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA ARMANI MEDEIROS, EM 12 DE SETEMBRO DE 2018, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS", PÁGINA 2
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Museu Nacional Quinta da Boa Vista (RJ) antes do incêndio |
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Museu "Ruy Menezes" em Barretos - ativo! |
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Museus Histórico e do Café em Ribeirão Preto: fechados e em degradação. Descaso público! |
Foi domingo à noite, 2 de setembro,
quando o Brasil parou para assistir aos noticiários sobre o incêndio que
destruiu grande parte do Museu Nacional “Quinta da Boa Vista”. Ruíam em cinzas
as valiosas coleções históricas, arqueológicas, artísticas, etnográficas e
científicas do primeiro museu do país. Desabava o teto, mobiliário e todo
acervo da antiga moradia da família imperial brasileira; o Palácio de São
Cristóvão. Para quem conhecia a preciosidade de seu acervo, aquele fim de
domingo parecia não acabar nunca. Era inacreditável ver o fogo consumir a
história do país, e nada podermos fazer.
De diversos cantos do país, brasileiros
manifestavam-se estarrecidos com o tenebroso incêndio. Logo, vieram as
reportagens sobre as precárias condições do Museu; resultado dos sucessivos
cortes de verbas anuais e o desleixo dos governantes públicos. (Infeliz
realidade de vários museus do país). Sendo assim, muitas postagens na internet falavam
sobre essa falta de olhar e cuidado do governo para com a “Cultura”.
Porém, um país não se faz somente
pelos governantes. Eles somente representam o povo que os coloca no poder. Em
outras palavras, quantas pessoas de fato conheciam a relevância do Museu
Nacional e de suas pesquisas científicas? Quantos se importaram com a precária
situação do museu antes do incêndio? Triste realidade, mas também somos
responsáveis por tal tragédia por permitir que o governo não mantenha de forma
devida nossas instituições culturais. Principalmente quando nem nós mesmos as
frequentamos.
Neste contexto, devemos olhar para nossa cidade
e região. A imprensa noticiou museus da região que estão fechados e tomados por
cupins. (Nossa infeliz realidade!). Em Barretos, o Museu “Ruy Menezes” recebeu
reforma e está ativo! Bem ativo! E para assegurar a preservação da nossa
história, é necessário que nós, barretenses, visitemos o museu, valorizemos
aquele espaço como salvaguarda de nossa identidade e história; para dessa forma
sempre cobrarmos os poderes públicos sobre sua manutenção. Afinal, o dever de
preservar a história de um povo é tão nosso, quanto daqueles que nos
representam.
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