ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 10 DE DEZEMBRO DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS
Karla (historiadora) e Raquel (museóloga) no arquivo do Museu "Ruy Menezes" (Foto de 2014) |
A tela fria do computador, contendo
nele os documentos digitalizados, pode não ser tão “poética” quanto o manuseio
com as luvas e a proximidade com a textura do papel, mesmo assim, a conservação
do material é primordial. Além de que, na maioria dos casos, torna-se até mais
confortável a leitura do documento digitalizado, com opções de zoom, recortes e
jogos de luzes.
Os arquivos digitais vieram para
ficar. Já são realidade nos grandes centros do Brasil e permitem o acesso à
informação de uma forma avassaladora, na velocidade da internet. A Biblioteca
Nacional oferta aos navegantes de seu site uma hemeroteca digital que possibilita
a leitura de jornais do país inteiro, assim como revistas e diversos tipos de
manuscritos. No estado de São Paulo, o Arquivo do Estado de São Paulo dispõe
virtualmente de um repositório digital que integra variados tipos de
documentos, inclusive temáticos como imigrantes, educação, saúde, etc. A
Biblioteca Mário de Andrade, o jornal “O Estado de São Paulo” e o Instituto
Brasileiro de Pesquisas também transbordam arquivos preciosos para consulta.
São múltiplas as instituições públicas e privadas que democratizaram seus
arquivos por meio da internet, mesmo que em alguns casos seja essencial a
presença física.
Pesquisar onlline pode ser
menos poético, mas não menos importante. Sem o tato e o olfato, ao menos a
visão dá condições perfeitas de diálogo com o passado. A poesia do arquivo
encontra-se também na nobreza de sua conservação. [fim].
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