ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 24 DE DEZEMBRO DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS
Fim de ano é tempo de reflexão.
Momento de introspecção sobre nossas atitudes, conquistas, derrotas e
aprendizados. As perspectivas que podemos analisar as faces da vida podem ser: ética,
relacionamento, profissão, financeiro, família, etc. Mas, pouco se pensa sobre
“conhecimento”. Sobre cultura. O quanto você investiu em cultura este ano, a
ponto de dizer que aprendeu algo novo, refletiu diante o ponto de vista das
pessoas, ouviu os outros, praticou leitura constante, se interessou pela
política do país, discorreu opiniões baseadas em bons argumentos? Se a sua
resposta foi “não” ou “nem tanto”, talvez seja a hora de colocar a “cultura”
como exercício para o ano que se anuncia.
O conceito “cultura” é amplo e
demasiado complexo para se alongar nestas tão curtas linhas. Cultura é tudo
aquilo que se possa aprender, o “saber fazer” que atravessa gerações. É o
produto da emoção e da informação. Traduzindo para “linguagens”, pode-se
sobrepor a Cultura às artes e à ciência: artes plásticas, música, literatura,
teatro, cinema, paisagismo, arquitetura, anatomia, meio ambiente, Física,
Filosofia, Antropologia e História e tantas outras coisas. Ao se deparar com
tais linguagens, talvez a primeira reação seja a emoção, mas, é certo que dali
se tire também a “informação”.
Ao visitar uma exposição, apreciar
um concerto musical, ler um romance, refletir uma teoria filosófica, debater
política ou conhecer acervos de museus, é visível que a pessoa saia dali
aprendendo algo novo, compartilhando com as demais aquele universo de
conhecimento absorvido e refletido. Por menor que seja o tempo dedicado à
cultura, se for com atenção, todo aprendizado dali originado é sim um
“universo”. Deste universo, gera-se cidadania, política, educação, assistência,
comunicação e evolução. A cultura é capaz de transformar um ato íntimo num bem
coletivo; pensamento em ação.
Este pequeno artigo é um exemplo disso. Vinte
e cinco linhas escritas diante o pensamento de uma frase icônica do mestre
Ferreira Gullar: “A arte existe porque a vida não basta”. Que essa
“simplória” frase sirva de reflexão a você. (Sempre é tempo).
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