domingo, 6 de abril de 2008

Momentos Modernos


Em circunstância do meio natural que vivemos e também dos modos de organização de nossa sociedade, percebe-se uma nova identidade cultural e, com isso, uma nova perspectiva das coisas e dos fatos. As maneiras de pensar e perceber do próprio homem são renovadas, de acordo com as facções da história de sua época. Por conseguinte, entende-se que, no mundo de hoje, os homens têm como uma de suas características: a busca necessária por oportunidades de crescer na vida e as consequências disso são a falta de tempo e os meios de fugas que os rodeiam.
Tendo em vista todo o conjunto da economia de nosso sistema, é bem nítida e explicável essa relação entre o homem e seus ensejos. Pois, na vida cotidiana, o indivíduo do século XXI precisa, substancialmente, de alcançar o patamar de superioridade sob os outros a fim de garantir a sua própria sobrevivência. E a evidência dessa luta é marcada por situações, muitas vezes, não sentidas por nós.
Entre tais situações, pode-se citar como exemplo o estilo de vida que os estudantes do Brasil permanecem nas esferas atuais. Por carecer de capital, a maioria deles são comprometidos em trabalhar, para sustentar o próprio estudo. Contudo, o problema maior não está nessa ligação de trabalho-estudo e sim no fato desses estudantes não apresentar tempo para se dedicar e aprofundar em seus estudos. Isso tudo porque o compromisso maior sempre pende para o lado do esforço de executar a profissão, que muitas vezes não tem nenhuma conexão com o que é almejado por eles.
Uma outra abordagem é observada na ação dos homens em utilizar meios contemplativos para aliviar ou moderar as tensões, causadas pelo próprio ambiente. Com restrição a este caso, a arte pode ser notada como referência satisfatória, no sentido de representar a própria realidade, visível ou distorcida, com a finalidade de perceber o mundo em uma visão ampla e até confortável. Em vista disso, se a nossa realidade estiver vinculada somente as coisas pequenas do dia a dia, nós não conseguimos percebê-la.
É como disse o cantor contemporâneo Zeca Baleiro: “Ando tão a flor da pele, qualquer beijo de novela me faz chorar”. Em outras palavras, existe uma necessidade em tornar algo simples e acessível, como um beijo, em algo complexo e sensível demais, um beijo de novela. Enfim, nos tempos modernos, criamos maneiras e costumes que se tornaram nossa identidade cultural. E isso, hoje, não é visto por nós, todavia, entrará para os modelos futuros examinados pela história.

Um comentário:

Unknown disse...

Concordo plenamente...
Infelizmente essa é a nossa realidade e, mais infelizmente ainda, não sabemos até quando.

Obs.: Parabéns colunista... =P

Dedylon