terça-feira, 15 de maio de 2018

CEM ANOS DO ‘ÁLBUM DE BARRETOS” (PARTE 2)

ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI MEDEIROS, EM 15 DE MAIO DE 2018, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS", PÁGINA 2 


           Em continuação ao artigo anterior, seguimos com a pesquisa sobre o “Álbum de Barretos” de 1918; uma das mais antigas fontes históricas barretenses.
            Tal álbum tinha a autoria de Absay de Andrade, o qual colocara abaixo de sua assinatura os dizeres: “das Sociedades Paulista de Agricultura e Scientifica de S. Paulo”. Ainda na primeira página, vê-se que a publicação pertencia ao 1º volume da obra “Os estados do Brasil – das monographias paulistas”. E de fato, Absay era autor deste livro maior, visto reportagem publicada no jornal “Correio Paulistano” de 15/10/1918, que destacava a presença do autor em Cajobi fazendo propaganda de sua obra. No fim da nota, o jornal explicava sobre uma parte finalizada do livro: “Trata-se de um álbum das cidades de Barretos, Jaboticabal, Bebedouro, Monte Azul, Olympia e Cajoby” (Arquivo da BN).
            Diante o exposto, torna-se compreensível as várias vezes que o autor evidencia nosso município como um local de grande prosperidade não só pela economia local (a tão citada “pecuária”), mas também por brilhar “entre as estrelas aurifulgentes do opulento Estado de S. Paulo” (p. 4). Em diferentes partes da monografia, o escritor integra Barretos num discurso sútil de identidade paulista; assim como faz com as demais cidades. Era um registro de interação desta zona paulista; então conhecida como “noroeste paulista”.
            Quando o álbum foi escrito, era presidente do estado de SP (governador) o sr. Altino Arantes, e secretário de Agricultura o sr. Cândido Motta. Personalidades políticas as quais o autor nutria relações sociais e políticas, não só por pertencer ao mesmo partido político, o PRP, mas por ter sido prefeito de Igarapava (SP) entre os anos de 1911 a 1915. Mais que político, Absay foi advogado, promotor público e era citado nos jornais como jornalista e membro da Guarda Nacional (major e coronel) entre as décadas de 1910 e 1920. Casado com a sra. Malvina da Silva Andrade, ele morou em várias cidades do estado de SP e de MG, como Uberaba, Santa Rita do Paraíso, Catalão, Jardinópolis, Ribeirão Preto, Jaboticabal, Itajobi, entre outras.
            Além da integração do noroeste paulista destacada pelo seu autor, quais seriam os demais assuntos do álbum? Aguardemos a próxima semana!

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