quinta-feira, 18 de outubro de 2018

PELA EDUCAÇÃO (PARTE I)

PELA PROFª ESP. KARLA ARMANI MEDEIROS, EM 17 DE OUTUBRO DE 2018, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS", PÁGINA 2


Ginásio Municipal de Barretos na década de 40
(Fonte: "Correio de Barretos" 4-11-1943, p.2 -
acervo Museu "Ruy Menezes")

Dr. Osório F. Rocha
(Fonte: "Correio de Barretos, 5/1/1947, p. 1)
Acervo Museu "Ruy Menezes")
     Mais um “15 de outubro” se passou e diversas homenagens foram rendidas a professores de todo país. Profissionais que têm na Educação a bandeira do conhecimento, da cidadania e da transformação social. Talvez o que há de mais belo em ser professor, seja a capacidade de atingir transformações individuais em cada aluno, e, ao mesmo tempo, processos interessantes que podem mudar a sociedade para melhor. Professores são agentes orgânicos de renovações sociais e de cultura. Semeiam e revelam cultura.
Vamos, então, conhecer um exemplo disso voltando os olhos para a história da cidade? Trata-se de um projeto inovador nos anos 1930, encabeçado por um advogado e jornalista, mas que antes de tudo fora professor; dr. Osório F. da Rocha (1885-1976).
Na década de 30, Barretos era dotada de um Grupo Escolar (estadual) para ensino primário e instituições particulares de ensino, mas não possuía “ensino secundário” gratuito (similar ao Ensino Fundamental II) para crianças maiores de 10 anos. Para barretenses continuarem seus estudos após o “primário”, era necessário procurar instituições de outras cidades. Foi o dr. Osório Rocha, João Baroni, Jerônimo Barcellos e outros aliados, os responsáveis em criar a “Sociedade Escolas de Barretos” (SEB) em 1930 e através dela fundar o primeiro ginásio municipal em 1931.
A palavra mais cabível àquele momento é “luta”, visto que Osório deixou registrado em suas “Reminiscências” os tortuosos caminhos que percorreu para conseguir fundar a SEB e viabilizar o ginásio para Barretos. Autoridades municipais não prestavam auxílio, alguns diziam que não era necessário pelo fato da vizinha Bebedouro já possuir o tal “ensino secundário”. Assim ele contava: “Escrevi artigos, fiz discursos, versos, procurei um e outro, [...]. Nada disso impressionava, nada abalava o cimento armado da indiferença, do egoísmo, da apatia barretense (Reminiscências, Vol 2, p. 120).
Quais outros mecanismos Osório Rocha e os aliados da SEB tiveram que articular para conseguir a instalação do curso ginasial na cidade? Veremos na próxima semana.

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