quinta-feira, 25 de outubro de 2018

PELA EDUCAÇÃO (PARTE II)

PELA PROFª ESP. KARLA ARMANI MEDEIROS, EM 24 DE OUTUBRO DE 2018, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS", PÁGINA 2


Capa do Álbum "Centuria de Honra" de 1930 -
Acervo do Museu "Ruy Menezes"

     Nos arquivos do Museu “Ruy Menezes” moram diversas relíquias que compõem a história da cidade. Isoladas, elas não fazem sentido, mas quando estudadas e contextualizadas, são capazes de eternizar importantes momentos do passado da cidade. Dentre tais relíquias, um álbum pequeno, de folhas já bem amareladas, intitulado “Álbum da Centúria de Honra da Sociedade Escolas de Barretos: traços rápidos de algumas senhorinhas barretenses” - sob o pseudônimo de Cáa-Ubi” - nota-se como um ícone sobre o assunto que abordamos na semana passada: a fundação do “Ginásio Municipal de Barretos”, o primeiro curso secundário gratuito da cidade. Uma revolução aos jovens que, aqui, só podiam concluir seus estudos gratuitamente no primário (pelo menos até 1931).
     Esse pequeno álbum foi um exemplo das várias atitudes tomadas pelo dr. Osório Rocha e seus parceiros da “Sociedade Escolas de Barretos” afim de conseguirem meios para seus objetivos. Ele reunia cem perfis em versos de moças da cidade, individualmente compostos por este advogado e jornalista, que tinha também como paixão o ensino. Foi por esses e outros esforços de seus aliados, que a “S.E.B”, em 1931, conseguiu lutar contra certas convenções e comodismos e instalar o “Ginásio Municipal de Barretos”.

     Por intermédio do Prof Augusto Reis Neves, Osório e seus aliados conseguiram abrir o “Ginásio Municipal de Barretos”. Com a primeira turma formada em 1933, o ginásio funcionava nas dependências do Hotel Fellini. Em 1947, o Ginásio Municipal foi encampado pelo governo do estado e passou a ter como sede o prédio na esquina da rua 20 com a avenida 27. No ano seguinte, integrou-se a ele a Escola Normal. Em 1952, foi autorizado o curso científico, tornando-se colégio, com o nome “Colégio Estadual e Escola Normal Mário Vieira Marcondes”. Anos mais tarde passa a ser “Instituto de Educação” e hoje “Escola Estadual Mário Vieira Marcondes”.


(Fontes: “Reminiscências” – volume 2 de Osório Rocha e “Álbum Comemorativo do 1º Centenário da Fundação de Barretos” de 1954).

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