quinta-feira, 29 de novembro de 2018

BARRETOS E ANÁLIA FRANCO (PARTE V)

PELA PROFª ESP. KARLA ARMANI MEDEIROS, EM 28 DE NOVEMBRO DE 2018, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS", PÁGINA 2
Asilo Creche de Anália Franco em Barretos
 entre as décadas de 1910 e 1920
Fonte: MONTEIRO, E. C., 2004, p. 102.

 
 Segundo uma fonte isolada, (um bilhetinho guardado na urna de lançamento da pedra fundamental da Santa Casa, em 1918, assinado pela diretora Maria José d’Oliveira), o “Asilo-Creche Anália Franco” de Barretos fora inaugurado em 13 de novembro de 1916. Tratava-se este de uma filial da “Associação Feminina Beneficente e Instrutiva do Estado de São Paulo”, presidida pela educadora Anália Franco, direcionada ao público feminino em educação, assistência e cultura.
            Barretos foi uma das cidades interioranas que teve a chance de instalar um desses modelos educativos e filantrópicos criados por D. Anália. A diretora Maria José, era uma das professoras e fiscais de confiança de Anália. Fora instituída para dirigir a filial de Barretos, mas já havia trabalhado com ela antes, em 1905, como professora no Liceu, na Escola dos Analfabetos, na Escola dos Comerciantes na capital e diretora de escola rural.
            O Asilo-Creche dirigido por D. Maria José tinha a presidência de João Machado de Barros (o qual já vimos ter protegido as ações de D. Anália na cidade, assim como Francisco Honorato e Raymundo Mariano Dias - espíritas). Inicialmente, o instituto fora abrigado nas dependências do Teatro Santo Antônio (esquina da rua 20 com a avenida 17). Entretanto, por intermédio do presidente, foi transferido em prédio próprio; na casa da rua 6 com a avenida 19. Naquele ano de 1916, o Asilo-Creche já abrigava uma das maiores quantidades de assistidos da rede interiorana, com um total de 87 beneficiados internos e externos, entre meninas, órfãs, viúvas e alguns poucos meninos.
Em 1919, aos 66 anos, D. Anália Emília Franco Bastos, falece em São Paulo e o Asilo-Creche de Barretos continua a ser dirigido por D. Maria José e demais diretoras. Até que, em 1934, com muitas dificuldades financeiras e estruturais, o mesmo foi entregue à instituição católica que o abrigou transformando-o no Educandário Sagrados Corações, que até hoje trabalha com crianças no mesmo local do antigo asilo-creche de Anália Franco. [fim].

Bibliografia básica e fontes: 
MONTEIRO, Eduardo Carvalho. Anália Franco: a grande dama da educação brasileira. São Paulo: Madras, 2004.
ROCHA, Osório. Barretos de Outrora. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1954.
ROCHA, Osório (in memorian)Reminiscências, volume II. Ribeirão Preto: Cori Editora, 199(?).
Arquivo da Santa Casa de Misericórdia de Barretos - documentos históricos.

Link do artigo no jornal O Diário: 
http://www.odiarioonline.com.br/noticia/79670/BARRETOS-E-ANALIA-FRANCO-PARTE-V-


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