PELA PROFª ESP. KARLA ARMANI MEDEIROS, EM 28 DE NOVEMBRO DE 2018, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS", PÁGINA 2
Segundo uma fonte isolada, (um
bilhetinho guardado na urna de lançamento da pedra fundamental da Santa Casa,
em 1918, assinado pela diretora Maria José d’Oliveira), o “Asilo-Creche Anália
Franco” de Barretos fora inaugurado em 13 de novembro de 1916. Tratava-se este
de uma filial da “Associação Feminina Beneficente e Instrutiva do Estado de São
Paulo”, presidida pela educadora Anália Franco, direcionada ao público feminino
em educação, assistência e cultura.
Asilo Creche de Anália Franco em Barretos entre as décadas de 1910 e 1920 Fonte: MONTEIRO, E. C., 2004, p. 102. |
Barretos foi uma das cidades
interioranas que teve a chance de instalar um desses modelos educativos e
filantrópicos criados por D. Anália. A diretora Maria José, era uma das
professoras e fiscais de confiança de Anália. Fora instituída para dirigir a
filial de Barretos, mas já havia trabalhado com ela antes, em 1905, como
professora no Liceu, na Escola dos Analfabetos, na Escola dos Comerciantes na
capital e diretora de escola rural.
O Asilo-Creche dirigido por D. Maria
José tinha a presidência de João Machado de Barros (o qual já vimos ter
protegido as ações de D. Anália na cidade, assim como Francisco Honorato e
Raymundo Mariano Dias - espíritas). Inicialmente, o instituto fora abrigado nas
dependências do Teatro Santo Antônio (esquina da rua 20 com a avenida 17).
Entretanto, por intermédio do presidente, foi transferido em prédio próprio; na
casa da rua 6 com a avenida 19. Naquele ano de 1916, o Asilo-Creche já abrigava
uma das maiores quantidades de assistidos da rede interiorana, com um total de
87 beneficiados internos e externos, entre meninas, órfãs, viúvas e alguns
poucos meninos.
Em 1919, aos 66 anos, D. Anália Emília
Franco Bastos, falece em São Paulo e o Asilo-Creche de Barretos continua a ser
dirigido por D. Maria José e demais diretoras. Até que, em 1934, com muitas
dificuldades financeiras e estruturais, o mesmo foi entregue à instituição
católica que o abrigou transformando-o no Educandário Sagrados Corações, que
até hoje trabalha com crianças no mesmo local do antigo asilo-creche de Anália
Franco. [fim].
Bibliografia básica e fontes:
MONTEIRO, Eduardo Carvalho. Anália Franco: a grande dama da educação brasileira. São Paulo: Madras, 2004.
ROCHA, Osório. Barretos de Outrora. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1954.
ROCHA, Osório (in memorian). Reminiscências, volume II. Ribeirão Preto: Cori Editora, 199(?).
Arquivo da Santa Casa de Misericórdia de Barretos - documentos históricos.
Link do artigo no jornal O Diário:
http://www.odiarioonline.com.br/noticia/79670/BARRETOS-E-ANALIA-FRANCO-PARTE-V-
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