ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 02 DE ABRIL DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS
Capa da primeira edição de "O Diário" em 01/04/1969. Fonte: Arquivo do Museu "Ruy Menezes". |
Tempos
atrás, em conversa com um colega historiador, residente em Itu - cidade com
mais de 400 anos e de população maior que Barretos – ele se surpreendeu quando
soube que nossa cidade tinha jornais diários em circulação. Atônito, disse que
nem a cidade dele tinha. Ficou ainda mais admirado, quando comentei que o
jornal “O Diário” faria 50 anos de fundação em abril. Fato ocorrido no início
desta semana.
O diálogo continuou sobre como era
importante à cidade ter um jornal diário portador de um arquivo de cinco
décadas. Isso porque, como historiador, ele sabe que uma das principais fontes
históricas para pesquisas são os jornais, principalmente para o registro da
história dos munícipios. A história local e regional.
Barretos iniciou a circulação de
jornais desde 1900, deste modo, é notável como que os mesmos foram a base aos
estudos da história da cidade, sendo científicos ou memorialistas. O uso dessa
plataforma de estudo se disseminou ainda mais a partir de 1969, quando os
jornalistas João Monteiro de Barros Filho e Joel Waldo Dal Moro fundaram “O
Diário”, com base na experiência da “Reportagem Que Não Pára” na Rádio
Barretos. Afinal, depois de poucas experiências de jornais diários que duraram escassos
anos, a cidade ganhava um periódico que além de disseminar as notícias
atualizadas, trazia textos opinativos, artigos, fotografias, notas sociais e
etc.
Essa essência da multiplicidade de
assuntos, pode ser exemplificada já na primeira edição de 1º de abril de 1969,
em forma de caricatura. Apresentando o desenho de um menino jornaleiro, via-se
na página do jornal caricaturado pequenas letras sobre a Guerra do Vietnã, a
América na Guerra Fria, a situação do governo militar federal e seus ministros
e até as exposições de gado em Barretos. Mundo, Brasil e cidade!
Sobretudo, “O Diário” noticiou(a)
pessoas, não só fatos. Por isso, já é usado como fonte histórica. Nós
historiadores, estamos cada vez mais convencidos de que a história se faz pelas
pessoas. Por suas ações. E é ali nos jornais, que as encontramos.
Link da publicação no site do jornal "O Diário":
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