quarta-feira, 17 de abril de 2019

BARRETOS EM ESTANTES


ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 16 DE ABRIL DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS

Em 1981, a Biblioteca Municipal "Affonso d'E Taunay" ganhou
este prédio como sua sede. Atualmente, a sede da Biblioteca se situa
no mesmo prédio da Secretaria de Cultura.

(Fonte: Arquivo do Museu "Ruy Menezes")
         Sobre as estantes da Biblioteca Municipal “Affonso d’Escragnolle Taunay” repousam dezenas de livros sobre Barretos, no geral escritos por barretenses ou por aqueles que aqui tiveram morada. São milhares de páginas que registram, em verso ou prosa, a diversidade de nosso povo, a história centenária, a cultura popular e letrada, a musicalidade, a dramaturgia e a poesia desta terra fundada no já distante século XIX.
Originalmente, a Biblioteca Municipal foi criada por lei em 1941. Porém, só foi inaugurada em 1963 graças a aquisições feitas pela Prefeitura e à doação de milhares de livros da Biblioteca da ACIB - a qual já tinha o célebre escritor como seu patrono e doador de centenas de livros. De lá para cá, a Biblioteca adquiriu importantes obras barretenses, dando forma a uma coleção literária que abarca livros raros. Amarelos, desgastados e preciosos. Exemplares cujas linhas são fontes fecundas para pesquisas.
Livros de João Cornélio Perini da década de 1980
 autografados por ele à Biblioteca Municipal.
Atravessando parte do século XX, as prateleiras da Biblioteca Municipal ecoam os registros de Osório Rocha, Ruy Menezes, José Eduardo O. Menezes, Jerônimo S. Barcellos, Jorge Andrade, José Expedito Marques, Nidoval Reis, José de Ávila, José de Assis Canôas, João Cornélio Perini, Matinas Suzuki, Lauro Pedro Lima, Marlene Ramos Passarelli e outros(as) tantos grandes escritores(as). A salvaguarda de suas obras é a garantia da imortalidade de suas ideias. Eis a importância da Biblioteca.
Mas, o resguardo das obras não basta por si só. Elas precisam ser lidas, pesquisadas e difundidas na comunidade acadêmica, escolar e popular. Não só do ponto de vista histórico, mas a literatura, a dramaturgia, as artes e as ciências devem ser matrizes de disseminação desses autores. É preciso revisitar seus textos e pretextos.
Mesmo com a pós modernidade insistindo no contrário, dizem que não há como separar a influência da vida do autor diante sua obra. Portanto, ao ler um destes antigos autores barretenses, aspectos da nossa cidade saltam nas entrelinhas e muito têm a dizer sobre o passado de Barretos. É certo que vale à pena se aventurar naquelas estantes!

Link do artigo publicado no site do jornal "O Diário":

Artigo original do jornal "O Diário", 16/4/2019, p. 2:


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