quinta-feira, 25 de abril de 2019

O TÚMULO DO CEL. ALMEIDA PINTO


ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 23 DE ABRIL DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS

Cel. João Carlos de Almeida Pinto
(Fonte: Álbum Comemorativo do 1º Centenário
da Fundação de Barretos, p. 198, acervo particular).
           Dia 16 de abril, semana passada, o centenário “Cemitério da Paz” foi cenário de algo raro: a restauração de um túmulo. Tanto que teve até cerimônia, público, aplausos e imprensa. Uma pequena solenidade que tinha a função de homenagear o dono do túmulo: antigo coronel e patrono de escola. Figura reconhecidamente histórica.
         Na ocasião do “Dia do Patrono” da Escola Estadual “Cel. Almeida Pinto”, o túmulo do coronel João Carlos de Almeida Pinto (1855-1925) foi restaurado em forma de homenagem aos serviços prestados por ele durante os mais de 40 anos em que viveu em Barretos. Como patrocinador da ação, o Profº Gerson Aparecido Rodrigues, ex-diretor da escola, também recebeu aplausos de gratidão por professores, direção e alunos do colégio. Afinal, não é sempre que se encontram pessoas tão comprometidas com preservação da memória de nossos antepassados. Um mecenato à História.
Solenidade do restauro do túmulo realizada pelo
historiador José Antônio Merenda, presidente da
Academia Barretense de Cultura e da Comissão
de Preservação dos Túmulos Históricos e
Artísticos de Barretos.
            O ato da restauração do túmulo implica importantes reflexões. A princípio, a homenagem em si. Ao patrono por seu trabalho como político republicano, fundador de instituições, colaborador na imprensa, professor e diretor de colégio e ativo participante do desenvolvimento da cidade entre os séculos XIX e XX. Mas, esta ação vai além. Ela mostra que a história da cidade não se manifesta somente através dos livros. A história local também é manifestada em monumentos, palestras educativas, visitas monitoradas, oficinas museológicas, teatros temáticos e em restaurações artísticas.
Nem só de livros se alimenta o estudo do historiador. Ao contrário, quanto mais a sociedade civil enxerga elementos materiais da História, maior é a ampliação das fontes e pesquisas. E foi isso que aconteceu. A própria escola identificou no túmulo do patrono, uma maneira de conhecer melhor sua biografia, homenageá-lo e entender o momento de sua morte; dando-lhe inclusive uma melhor morada.
            Que este gesto seja visto como mais um meio de se preservar a história da cidade, uma vez que ela só se faz através das pessoas: personagens ou autores.

Link do artigo publicado no site do jornal "O Diário":


Artigo original do jornal "O Diário", 23/4/2019, p. 2:

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