sexta-feira, 18 de outubro de 2019

O TEATRO AURORA – PARTE II

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 15 DE OUTUBRO DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS 

Césare Gravina, ator de cinema e empresário do
Teatro Aurora em Barretos no ano de 1913.

(Fonte da imagem: google).
            Depois de inaugurado em 1912, o Teatro Aurora, prédio imponente edificado à rua 20, passou a ser palco de companhias teatrais, cinematográficas e artísticas ao longo da década de 1910. Neste ínterim, o teatro ficou sob a responsabilidade de diferentes empresários, os quais mantinham em funcionamento apresentações constantes ao público barretense, mesmo na época existindo o Teatro Éden à rua 18.
            Depois de Antônio Witzel, o criador do teatro, outros empresários assumiram sua administração, incluindo o artista italiano Césare Gravina (1858-1954). Conta o memorialista Osório Rocha, que ele teria vindo a Barretos junto a Companhia Carrara para se apresentar no Teatro Aurora. No entanto, os artistas foram embora e Césare permaneceu com sua esposa, Emma Gravina, em Barretos. Pelos registros da imprensa paulista, é visto que em 1913, Césare Gravina tornou-se o empresário responsável pelo teatro, até meados de junho. Depois disso, saiu de Barretos, foi proprietário de outros cinemas e anos mais tarde já estava nos EUA com carreira sólida como ator de cinema. Em pesquisas pela internet, são vistas várias fotografias dele e listagens das dezenas de filmes em que ele atuou entre 1915 a 1929 naquele país.
            Durante a administração de Gravina e sua esposa Emma, em maio de 1913, veio a Barretos uma companhia de artistas anões para se apresentar no Aurora. Chamava-se “Companhia Liliputiana”, evidente denominação inspirada na obra do inglês J. Swift, “Viagens de Guliver”. Sobre essa companhia, a imprensa paulista relatou que ela: “deixou agradabilíssima impressão. Nos poucos dias que trabalharam no Teatro Aurora, os anões deixaram sinceras simpatias, não só por se mostrarem verdadeiros artistas, como pelo trato afável e cavalheiresco que dispensavam a todos com quem privavam” (Correio Paulistano, 9/5/1913, p4). Anterior a esta companhia, já tinham se apresentado no Aurora outras tantas, como “Irmãos Freire”, “Companhia de Operetas Camerata” e “Companhia de comédias e operetas Rodrigues e Lima”, etc. [continua].

Fontes:
CORREIO PAULISTANO, jornal de SP. Arquivo da Biblioteca Nacional. Edições 17.856, 17.865, 17.874, 17.877, 17.886, 17.924 e 17.934 do ano de 1913.
ROCHA, Osório. Barretos de Outrora. São Paulo: Revista dos Tribuinais editora. 1954.

Link da publicação no site do jornal "O Diário":
http://www.odiarioonline.com.br/noticia/88019/O-TEATRO-AURORA--PARTE-II

Artigo original publicado no jornal "O Diário", 15/10/2019, página 2:

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