ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 22 DE OUTUBRO DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS
Fontes:
Foram diversas as companhias que se
apresentaram no Teatro Aurora, na esquina da Rua 20 com a avenida 17, desde sua
inauguração em 1912. Algumas delas foram noticiadas pela imprensa barretense,
assim como pelos jornais paulistas, incluindo o “Correio Paulistano”. Neste
jornal, é visível o quanto o teatro era usado para finalidades distintas, como
espaço para circo (em seu terreno aos fundos), bailes de carnaval, quermesses,
reuniões políticas e institucionais, sessões cívicas e conferências; sem contar
os recitais, concertos e apresentações teatrais e cinematográficas.
Quanto ao cinema, dizia uma nota
jornalística de 1914, que os empresários do teatro estavam exibindo: “esplendidos programas cinematográficos
naquela casa de diversões. Isso tem feito crescer, dia a dia, o número de
frequentadores daquele bem montado estabelecimento, com ótimo serviço de
buffet”. Em 1912 e 1916, ocorreram animados bailes de carnaval, promovidos
por uma sociedade carnavalesca criada no próprio teatro. Mas, parecia ser
tradição na cidade, desde os primeiros anos de 1900, a montagem de circos de
cavalinhos. Entre tantas companhias de circo, se apresentaram no Aurora: Temperani,
François, Guarany, Martinelli, Clementino e Chileno. Notáveis sobrenomes
estrangeiros, o que só reforça a característica imigrante em nosso país,
especialmente nas atividades de cultura como o circo, teatro, música e cinema.
Por outro lado, o teatro também foi
espaço de episódios trágicos, em seu saguão, no interior e em seus arredores.
Tiroteios que terminaram em assassinatos ocorreram envolvendo vítimas em 1914 e
em 1919 - como o conhecido tiroteio de motivo político eleitoral tão narrado no
memorialismo de Barretos.
A partir de 1917, a imprensa
paulista já solta notas com a denominação “Teatro Santo Antônio” ao antigo
Aurora, demonstrando nova fase ao teatro que tanto produziu e propagou cultura
ao povo de Barretos, numa época sinalizada por violência, mas que insistia em
modernidade, arte e instrução. [fim].
CORREIO PAULISTANO, jornal de SP. Arquivo da Biblioteca Nacional. Edições 17.856; 17865; 17874; 17877; 17886; 17950; 18067; 18128; 18151; 18192; 18253; 18311; 18317; 18414; 18887; 18913; 19018; 19272; 19719. Edições dos anos 1913, 1914, 1915, 1916 e 1917. Acervo da Biblioteca Nacional.
ROCHA, Osório. Barretos de Outrora. São Paulo: Revista dos Tribuinais editora. 1954.
Link da publicação no site do jornal "O Diário":
http://www.odiarioonline.com.br/noticia/88119/O-TEATRO-AURORA--PARTE-III
ROCHA, Osório. Barretos de Outrora. São Paulo: Revista dos Tribuinais editora. 1954.
Link da publicação no site do jornal "O Diário":
http://www.odiarioonline.com.br/noticia/88119/O-TEATRO-AURORA--PARTE-III
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