segunda-feira, 31 de março de 2008

A Natureza Cultural


Falar de educação não é, somente, mostrar a infra-estrutura das escolas e nem se preocupar tanto com a alta capacitação dos professores. O ato de educar é demonstrado, principalmente, nas diversas etapas do processo de formação de cidadãos. E, o primeiro passo esta na alfabetização e na maneira como ela é aplicada. Isto é, o resultado de todo procedimento educacional é baseado na mútua e harmoniosa relação de professor-aluno.
Além disso, seja o ensino público ou privado, ele sempre estará inserido em um contexto social, econômico e político. E, por isso mesmo, sustenta-se a argumentação de que a educação, mesmo sofrendo influências, é o motor do desenvolvimento estrutural de qualquer nação; por ser ela, o fator desencadeador dos conceitos de direitos e deveres e, assim, o molde para as opiniões dos futuros cidadãos.
Ao longo da história, o processo de ensino-aprendizagem sofreu alterações desde a grade disciplinar até o público atingido. Na medida que os métodos governamentais se transformaram, algumas disciplinas, como exemplo as de ciências humanas, foram acrescentadas e outras retiradas dos currículos; de acordo com os interesses da minoria dominante. Ao mesmo tempo, a classe baixa e, até mesmo, as mulheres foram acrescentadas ao espaço educacional, já seccionado.
Paralelo a isso, temos as teorias de Paulo Freire que revolucionaram o sistema educacional vigente no Brasil. Esta revolução encontra-se, resumidamente, no procedimento de instruir o homem a tornar-se homem, através da palavra, ou seja, fazer da linguagem um instrumento próprio . O célebre pedagogo também atribuiu ao metódo pedagógico uma “educação como prática de liberdade, onde há uma dinâmica de conscientização das palavras a partir de críticas.
Em todas as sociedades, de qualquer tempo, o homem explorou o mais profundo conhecimento das ciências humanas, biológicas e exatas que se pôde obter informação. Logo, comprova-se que a capacidade do ser humano na busca incessante pelas diversas
curiosidades é o que move, sem dúvidas, a natureza cultural e científica da humanidade.
ARTIGO PUBLICADO EM 8 DE FEVEREIRO DE 2008, NO JORNAL "O DIÁRIO" (BARRETOS / SP)

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