sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Consciência!

“Seja de forma coletiva ou individual, as vozes do passado
soam nos ouvidos, por vezes surdos, de cada cidadão.”
(André Raboni)


Muitas são as perguntas relativas à preservação da história, da memória, da cultura de uma nação, como por exemplo: O que é preservar? O que preservar? Como preservar? Pois bem, segundo o dicionário Aurélio, “preservar” significa: livrar de algum mal, manter livre de corrupção, perigo ou dano, conservar, livrar, defender e resguardar. É neste sentido que devemos preservar o nosso Patrimônio Cultural, utilizando a “conscientização” como forma de salientar a história de um povo.
Por “Patrimônio Cultural” entende-se todo o elenco de bens denominados “culturais”. Desta forma, o professor Hugues de Varine-Boham, através de estudos, dividiu o “Patrimônio” em três categorias de elementos. A primeira é referente à natureza, ao meio ambiente, ou seja, aos recursos naturais, como os rios, as águas desses rios, os peixes, as cachoeiras e toda a produção. Além disso, também é notável o “clima” e a “paisagem”, como fontes de reprodução dos comportamentos das pessoas. No nosso caso, o “clima tropical” e a “vegetação cerrado” possibilitaram a cultura sertaneja.
O segundo grupo é ligado ao conhecimento, às técnicas, ao “saber fazer”. Por isso, tudo aquilo que o homem produziu com utilização para a sobrevivência, deve ser considerado Patrimônio e, assim, respeitado. Por exemplo, saber polir uma pedra para cortar uma grande árvore, saber construir uma casa, saber tecer uma roupa, saber rezar para Santo Antônio para casar-se. Tudo isso é vindo do homem e para o homem.
O terceiro e último grupo é resultante dos dois primeiros, isto é, todos os bens culturais que englobam objetos, artefatos e construções obtidas a partir do meio ambiente e do saber fazer. Por exemplo, o próprio prédio do Museu “Ruy Menezes” (1907) é tombado como Patrimônio Histórico, pelo município, pois, é considerado uma construção integrada ao contexto histórico da época e, mais ainda, um local onde aconteceram curiosos e importantes fatos.
Infelizmente, o avanço do capitalismo, e não só isso, dificulta muito a manutenção dos artefatos integrantes do Patrimônio Cultural. Pois, destroem-se, cada vez mais, os antigos prédios em decorrência da construção de edifícios modernos voltados, principalmente, ao comércio. Resta-nos, porém, “a consciência” de lutar contra essas dificuldades, superar a ignorância e manter viva a nossa identidade cultural!

REFERÊNCIA:
LEMOS, Carlos A. C., O que é Patrimônio Histórico. São Paulo: Brasiliense, 2006.
ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL ''O DIÁRIO'' (BARRETOS / SP), EM 05 DE SETEMBRO DE 2008.

Um comentário:

Priscila Trucullo disse...

Arrasou no finalzinho!!
Isso mesmo, o capitalismo destrói a consciência das pessoas, principalmente a consciência histórica, afim de deletar da memória da população a sua história, que inclua, principalmente, fatores que causem risco à ideologia capitalista e ainda, também, destroem sempre em nome do lucro, sobre mais lucro!!

Ps.: eu não acredito q vc citou justo o Santo Antonio!!! huahauahauhaua
Vc tah msmo desesperada hein feia... tinha q ter explicado q colocou ele como exemplo, justamente pq vc vive rezando pra ele e ainda coloca o coitadinho de cabeça pra baixo! =P