sexta-feira, 7 de agosto de 2009

LUZ, PROJETOR, AÇÃO!




Se existe algo que quase todas as pessoas da geração atual apreciam e algumas têm até como hobby é assistir um bom filme. O cinema reúne tecnologias que incessantemente crescem e surpreendem cada vez mais os limites das artes visuais. Através dele podemos observar lugares e situações que não nos é possível conhecer, além de estimular sempre a nossa imaginação com acontecimentos passados ou futuristas. Ele também brinca com o tempo. Mas, como toda essa tecnologia começou?
A arte da imagem em movimento por muito tempo foi discutida, desde as invenções e experimentos com a câmara escura e a lanterna mágica. Em breve resumo, dizemos que foi no final do século XIX que a ciência óptica alcançou seu maior êxito, pois a Europa fervilhava novas idéias, criações e descobertas. Entre outras coisas, os cientistas desenvolviam máquinas que tiravam fotos em seqüência, que quando expostas rapidamente, davam impressão que as imagens se movimentavam. Contudo, foi com o aumento do tempo das gravações e da capacidade de projetar luz que nasceu a máquina progenitora do cinema: o cinematógrafo.
Criado pelos irmãos franceses e herdeiros de uma indústria fotográfica Auguste e Louis Lumière, o cinematógrafo possibilitou a projeção de filmes para o público, substituindo a ação de várias máquinas fotográficas para registrar um movimento. Em 1895, no Grand Café em Paris, aconteceu a primeira exposição pública de cinema mudo com os filmes de poucos minutos: “A saída dos operários das usinas Lumière”, “O almoço do bebê”, “O mar” e “A chegada do trem na Estação”.
Há quem diga que este último filme causou demasiado espanto nas pessoas, já que elas nunca tinham visto uma projeção de imagem tão grande e tão real, pensaram que o trem fosse de verdade e que iria ultrapassar a projeção e atropelá-las. Este tipo de espanto foi muito comum nesta época, afinal algo “novo” causa espanto em qualquer pessoa e assim é demonstrado nas palavras de Jorge Americano, sobre o cinematógrafo:
“Tinham inventado um retrato que se mexia. Era como se o retrato da gente, balançando na rede, ficasse balançando sempre. Não era como a lanterna mágica, que só mexia quando a gente empurrava um cabinho ao lado. Comprava-se o quadro, pendurava-se na parede e as figurinhas ficavam mexendo sempre, como na hora em que se tirou o retrato”.
O cinematógrafo, por fim, foi uma máquina valiosíssima na evolução das artes visuais e que, literalmente, “iluminou” o cinema mundial. O nosso Museu “Ruy Menezes” possui em seu acervo um belíssimo cinematógrafo da década de 50, que outrora pertenceu a E.E. Cel Almeida Pinto, vale a pena conferir e apreciar!

REFERÊNCIA: www.webcine.com.br
Revista “Nosso Século” de 1981.


ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO" (BARRETOS/SP), EM 07 DE AGOSTO DE 2009.

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