sexta-feira, 4 de setembro de 2009

IMPERADORES DE UM BRASIL (I)



O feriado próximo é referente à “Independência do Brasil” proclamada oficialmente em 07 de setembro de 1822; para recordarmos, quem nunca ouvir falar das famosas palavras de Pedro I às margens do rio Ipiranga: “Independência ou morte!”? Muitos comentários e recentes estudos rodeiam este fato relatando que este “grito do Ipiranga” foi puramente oficial, já que naquele dia chovia muito em razão do clima tropical paulista. O fato é que, com a Proclamação da Independência o Brasil deixou de ser colônia de Portugal e deu o primeiro passo em direção a sua liberdade, agora se isso se concretizou... já é outro assunto. A intenção deste artigo é relatar um pouco não sobre o fato histórico em si e sim sobre os personagens mais falados neste assunto: o imperador Dom Pedro I, a Imperatriz Maria Leopoldina e a família real.
É claro que estas poucas linhas não narrarão a vida de Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, mas pelo menos teremos a chance de recordar parte da extravagante biografia do primeiro Imperador do Brasil. Nasceu em 12/10/1798 e era filho de Dom João VI de Portugal e Carlota Joaquina da Espanha. Conquistou o título e foi aclamado Imperador do Brasil em virtude de ter sido o patriarca da Independência do país e seu defensor perpétuo.
Recentemente foi lançado o livro “Dom Pedro I: um herói sem nenhum caráter” pela escritora Isabel Lustosa e ela anuncia: “De personalidade turbulenta e mal-educado, Pedro de Bragança e Bourbon tinha tudo para ser um péssimo governante. Em certo sentido foi – dizendo-se liberal, exerceu o poder de maneira autocrática, dissolveu a Constituinte que ele mesmo convocou, humilhava os aliados e amigos, quando no Brasil se cercou de uma corja de dar medo (...)". Porém, por essas e outras, deixemos por conta da nossa interpretação individual os erros e acertos da política de Dom Pedro I.
Outra discussão sobre a personalidade do imperador é sua obsessão pelos encantos femininos, logo, quem se lembra da minissérie “O Quinto dos infernos”? Com autoria de Carlos Lombardi e exibida em 2002, a minissérie global retratava o cotidiano da família real brasileira e as peripécias do imperador. Naquelas imagens já notávamos a personalidade excêntrica de Pedro I, o aventureiro, mas, por vezes, sofredor da epilepsia.
Por fim, digamos que estas linhas foram realmente muito breves em tratar da nossa família real, por isso, continuaremos a escrever na semana que vem sobre as aventuras de Pedro I e a nobre Imperatriz Maria Leopoldina. Um casamento arranjado, sete filhos e um império recente, o nosso Brasil... esta era a vida na corte imperial.

REFERÊNCIAS:
LUSTOSA, Isabel. Dom Pedro I: um herói sem nenhum caráter. Cia. Das Letras: 2006.
CARVALHO, José Murilo de. Dom Pedro II: ser ou não ser? Cia. das Letras: 2007.


ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO" (BARRETOS/SP), EM 04 DE SETEMBRO DE 2009.

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