segunda-feira, 31 de maio de 2021

O centenário da nossa Santa Casa

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 12 DE JANEIRO DE 2021 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS    

            É edificante pensar que temos um hospital na cidade que carrega 100 anos de fundação, a Santa Casa de Misericórdia de Barretos. Era 9 de janeiro de 1921 quando a primeira mesa diretora foi formada e trabalhou intensamente à conclusão de ao menos parte das obras do hospital, que já duravam 4 anos. Três meses depois, as enfermarias foram inauguradas de forma solene pelas autoridades e população. De lá para cá, a história da Santa Casa foi construída, literalmente, de tijolo a tijolo.

            A religiosidade foi desde o início presença constante na Misericórdia de Barretos. A começar pelos personagens mais antigos, a primeira manifestação de se construir a Santa Casa, com campanhas em 1917, partiu do padre português José Martins, que era pároco na Matriz. Ele conseguiu autorização do Bispo de São Carlos, Dom José Marcondes Homem de Mello, para a doação do terreno da Igreja à construção do novo hospital. Na época, a cidade tinha somente a Casa de Caridade, dentro da Sociedade Espírita 25 de Dezembro, como um pequeno hospital em funcionamento. Era necessário um hospital novo; amplo. Foi assim que a autorização foi concedida, com a salvaguarda de que o hospital fosse regido por freiras religiosas. Como de fato foi. As Irmãs Franciscanas desde 1930 trabalharam no hospital prestando serviços na enfermaria e na administração. A religiosidade imperava também na Capela de Santa Isabel, inaugurada em 1932, e demolida na década de 1970 (ficava onde hoje é o Raio-x).

            Todavia, a ciência e a medicina também tinham seus espaços. O próprio prédio inaugurado em 1921 possuía uma ornamentada arquitetura, cujo espaço hospitalar se destacava consoante aos anseios da instrução sanitária. Os médicos, formados nas grandes universidades do país, eram a voz da ciência e tecnologia. Já os provedores e administradores foram os responsáveis pelos pavilhões que ampliaram o hospital, como o “Titinha Franco” em 1936, a Maternidade em 1955, o Pavilhão Husseim Gemha em 1967 e o novo pavilhão de 1988. Todos demoraram anos e anos para serem finalizados, demonstrando o quanto a história da Santa Casa foi edificada sob luta, trabalho e dedicação. Viva o seu primeiro centenário!

Um comentário:

Ana Paula Ferreira disse...

Oi Karla boa noite
Ten alguma informação sobre o papel da família Manhães na Santa Casa?