segunda-feira, 26 de agosto de 2019

165 ANOS DE BARRETOS!

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 25 DE AGOSTO DE 2019 (página 9) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS   


          Hoje, Barretos amanheceu com os parabéns cantados pelo vento gelado de agosto, as flores amarelas dos ipês e o clima da população em festa. 165 anos! O sol de agosto é laranja, menos escaldante, mas já precursor da futura estação quente. Um mês de transição, talvez. Um mês que todo barretense caracteriza como o aniversário da cidade. Um mês que põe em destaque a origem do povoamento, as famílias fundadoras e todo o desenvolvimento ao longo deste mais de um século e meio de existência.
            Barretos tem muito a comemorar. Embora, tanto ainda a conquistar. Naquele longínquo 1854, quando as famílias Barreto e Marques fizeram a doação de terras para a construção da capela ao Divino Espírito Santo, iniciou-se a formação de um pequeno arraial. Em torno da capela aglutinaram-se as primeiras casas e, aos poucos, nascia a Vila e depois a Comarca de Barretos. Com o advento da República, logo as instituições administrativas, políticas e culturais davam forma de “urbanidade” àquele arraial sertanista. A pecuária fazia mover a economia, que se firmava como ruralizante, de pastos de invernadas, a qual, por consequência, fazia pulsar comércio, novas formas de trabalho e atraia migrantes e imigrantes, trazendo ares frescos ao lugarejo. Assim foram desenhadas as primeiras décadas do esperado século XX, na concomitância da tradição oitocentista rural e sertanista, aliada a modernidade de atmosferas liberais, de gente nova; mas ainda arraigada numa política antiquada e alvoroçada.
            De lá para cá, a cidade ganhou ferrovia, rodovias, agremiações, participou de importantes movimentos militares e políticos da história de São Paulo e do Brasil, movimentou-se na Educação com escolas primárias, secundárias, normais, técnicas e até superiores. A evolução urbana e citadina foi enorme. É tanta coisa que essas poucas linhas não dariam conta. Não sustentariam toda a trajetória centenária. Transpirariam.    
Pensemos então, o que nos impulsiona a aplaudir Barretos hoje?
Que os ventos e as flores de agosto nos inspirem.

Link da publicação no site do jornal "O Diário":

Artigo original publicado no jornal "O Diário", 25/8/2019, página 9
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