ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 20 DE AGOSTO DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS
alizar a História em monumentos, em olhos leigos, pode gerar essa visão mítica. Os fundadores precisam ser vistos como pessoas que trabalharam arduamente, viveram em tempos extenuantes. Para não produzir a visão mítica, a leitura dos monumentos precisa também ser horizontal, acompanhada pelas constantes pesquisas históricas. Existem várias! O monumento traduz o cenário, a História explica o contexto. Que sejam aliados!
Desfile do "Dia da Cidade" em Barretos no ano de 1951.Praça Central, em frente ao Paço Municipal (hoje museu). (Fonte: acervo de fotos do Museu "Ruy Menezes") |
Todo 25 de Agosto é marcado por boas
comemorações na cidade. Data oficial da assinatura da doação de terras feita
pelas famílias Barreto e Marques em 1854, “25 de agosto” desde o ano de 1943,
(oficialmente só em 1948), é considerado o “dia da cidade”, de sua fundação. É
o dia em que o passado se traduz em diversas expressões culturais ao público,
como o tradicional Desfile do Dia da Cidade. Tanto que, neste dia 25, domingo,
o desfile promovido pela Secretaria Municipal de Cultura seguirá firme.
Posterior ao Desfile, ocorrerá na
Praça Francisco Barreto a inauguração do monumento em homenagem às famílias
fundadoras da cidade. É importante a existência deste monumento; vital para a
identidade do barretense, espetacular aos olhos do turista. Retratar os
personagens da fundação é tornar visível a paisagem daqueles anos 1800, do
ambiente rural, da formação do arraial, da mentalidade e cultura sertanista. É
historicizar a cidade. É antropologia.
O monumento contribui para ambientar a
origem da cidade no contexto do Brasil imperial e da formação dos municípios do
nordeste paulista. O século XIX precisa ser mais conhecido por nós, afinal
somos uma cidade centenária. Ao retratar os fundadores, a identificação das
pessoas é imediata. Somos seres humanos e gostamos de ver como a História é
construída pela ação de mulheres e homens.
Desfile do "Dia da Cidade" em Barretos no ano de 1951. (Fonte: acervo de fotos do Museu "Ruy Menezes") |
É, ainda, interessante pensar que a
historiografia vive um contexto de desconstrução de mitos, das narrativas de
heróis. Vertic
alizar a História em monumentos, em olhos leigos, pode gerar essa visão mítica. Os fundadores precisam ser vistos como pessoas que trabalharam arduamente, viveram em tempos extenuantes. Para não produzir a visão mítica, a leitura dos monumentos precisa também ser horizontal, acompanhada pelas constantes pesquisas históricas. Existem várias! O monumento traduz o cenário, a História explica o contexto. Que sejam aliados!
Que seja mais um “25 de agosto” que venha
somar à História; sempre!
Link do artigo publicado no site do jornal "O Diário":
Artigo original publicado no jornal "O Diário", 20/8/2019, página 2:
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