quinta-feira, 22 de agosto de 2019

25 DE AGOSTO, SEMPRE

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 20 DE AGOSTO DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS   


Desfile do "Dia da Cidade" em Barretos no ano de 1951.Praça Central, em frente ao Paço Municipal (hoje museu).
(Fonte: acervo de fotos do Museu "Ruy Menezes")
            Todo 25 de Agosto é marcado por boas comemorações na cidade. Data oficial da assinatura da doação de terras feita pelas famílias Barreto e Marques em 1854, “25 de agosto” desde o ano de 1943, (oficialmente só em 1948), é considerado o “dia da cidade”, de sua fundação. É o dia em que o passado se traduz em diversas expressões culturais ao público, como o tradicional Desfile do Dia da Cidade. Tanto que, neste dia 25, domingo, o desfile promovido pela Secretaria Municipal de Cultura seguirá firme.
            Posterior ao Desfile, ocorrerá na Praça Francisco Barreto a inauguração do monumento em homenagem às famílias fundadoras da cidade. É importante a existência deste monumento; vital para a identidade do barretense, espetacular aos olhos do turista. Retratar os personagens da fundação é tornar visível a paisagem daqueles anos 1800, do ambiente rural, da formação do arraial, da mentalidade e cultura sertanista. É historicizar a cidade. É antropologia.
O monumento contribui para ambientar a origem da cidade no contexto do Brasil imperial e da formação dos municípios do nordeste paulista. O século XIX precisa ser mais conhecido por nós, afinal somos uma cidade centenária. Ao retratar os fundadores, a identificação das pessoas é imediata. Somos seres humanos e gostamos de ver como a História é construída pela ação de mulheres e homens.
Desfile do "Dia da Cidade" em Barretos no ano de 1951.
(Fonte: acervo de fotos do Museu "Ruy Menezes")
É, ainda, interessante pensar que a historiografia vive um contexto de desconstrução de mitos, das narrativas de heróis. Vertic

alizar a História em monumentos, em olhos leigos, pode gerar essa visão mítica. Os fundadores precisam ser vistos como pessoas que trabalharam arduamente, viveram em tempos extenuantes. Para não produzir a visão mítica, a leitura dos monumentos precisa também ser horizontal, acompanhada pelas constantes pesquisas históricas. Existem várias! O monumento traduz o cenário, a História explica o contexto. Que sejam aliados!
Que seja mais um “25 de agosto” que venha somar à História; sempre!

Link do artigo publicado no site do jornal "O Diário":

Artigo original publicado no jornal "O Diário", 20/8/2019, página 2:


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