ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 13 DE AGOSTO DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS
Noemi Hilda Nogueira é a personagem histórica
do meu artigo da Coletânea “Escritores de Barretos em Verso e Prosa”, lançada
no último sábado na ABC. Ao lado de 22 autores de contos e ensaios, meu artigo
cintilou parte da vida da professora e tradutora, pioneira na imprensa
barretense. Dar voz à Profª Noemi e destacar sua produção intelectual era uma
necessidade. Uma releitura da história local, que se porta com seriedade à
participação feminina no desenvolvimento cultural de Barretos.
Profª NOEMI HILDA NOGUEIRA. Fotografia original doada pela família ao Museu "Ruy Menezes". |
Noemi Nogueira, nascida em
Resende-RJ em 1874, formada em Niterói em 1889, veio a Barretos em 1893, foi
professora e a primeira mulher a colaborar no jornal “O Sertanejo” em 1900. Ao
longo da história traçada pelo memorialismo barretense, por vezes ela foi
citada por tal pioneirismo, embora o destaque maior fosse por ela ser filha do advogado
e ex-intendente dr. Pedro Paulo de Souza Nogueira (1844-1938).
Mesmo em poucas páginas, a biografia de
Noemi precisava ser mais detalhada, inclusive para pulsar novos questionamentos
e pesquisas. Seus parcos 37 anos de vida se materializaram quando nossa cidade iniciava
seu desenvolvimento, em passos curtos. Uma cidade sertaneja, marcada por
conservadorismo e politicagem, tinha raízes culturais de letramento e arte
lançadas por personalidades como Noemi.
Para compor o artigo da coletânea,
me debrucei sobre a vida dela lendo todas as edições do jornal “O Sertanejo”
disponíveis, entendendo os romances que ela traduzia, suas relações e
mentalidade. Tive auxílio da família Nogueira, por intermédio da gentil sra.
Noemi Affonso e do sr. Joseli Nogueira Lélis, pessoas as quais nutro profunda
gratidão. Além, do Arquivo Histórico de Resende, que possuía alguns materiais
sobre a família. Porém, essa pesquisa só foi viabilizada graças a gentileza da
sra. Carmem Nogueira, hoje falecida, mas que, em 2014, tanto me ajudou com sua
coleção do jornal “O Sertanejo”, hoje doada ao Museu Ruy Menezes. Fiz-lhe a
promessa que o meu trabalho sobre Noemi, seria a ela dedicado. Promessa
cumprida com gratidão.
Link da publicação no site do jornal "O Diário":
Artigo original publicado no jornal "O Diário", 13/8/2019, página 2:
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