ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 6 DE AGOSTO DE 2019 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS
Dinorá de Carvalho: compositora, pianista e recitalista. (Fonte: www.dinoradecarvalho.com.br) |
Dinorá de Carvalho era mineira, de
Uberaba, nascida em 1º de junho de 1895. Segundo nosso memorialista Osório
Rocha, era ela parente do ex-prefeito de Barretos, o escritor Delcides de
Carvalho (1880-1936). Dedicou-se à carreira musical desde jovem, quando se
mudou para a capital paulista, concluindo seus estudos musicais no
Conservatório Dramático e Musical de São Paulo em 1916. Era exímia compositora,
admirada por seu colega de turma Mário de Andrade, e, seu talento como
recitalista também chamava a atenção popular. Tamanho era seu dom, que, em
1922, o governo de Minas Gerais concedeu a ela uma bolsa de estudos em Paris,
para seu aperfeiçoamento como pianista. De volta ao Brasil em 1924, dedicou-se
em realizar concertos de piano e recitais, compor músicas, reger orquestra e
ser professora de música. Mais tarde, foi ainda inspetora de Ensino Superior no
Conservatório Dramático e Musical de SP e crítica musical em jornais da capital
paulista. Faleceu em São Paulo, em 28 de fevereiro de 1980. Sua vida foi
biografada pelo dr. Flávio Carvalho (Unicamp) em teses, livro e site, onde
consta o registro de 169 partituras de autoria da compositora.
Quando veio a Barretos, deixou no
livro de visitantes do Grêmio Literário e Recreativo os seguintes dizeres: “Nesta casa, onde a mocidade sorri, onde
muitas vezes aparece também a verdadeira arte, levo, pois, as melhores
impressões e doce recordação”. E foi assim, disseminando música, cultura e
arte, que Dinorá de Carvalho trouxe àquela Barretos dos anos 30 suas canções,
impressões e a ilustre presença de uma mulher, obstinadamente, à frente de seu
tempo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CARVALHO, Flávio Cardoso de. Canções de Dinorá de Carvalho: uma análise interpretativa. Campinas, SP, 1996 (Dissertação de Mestrado, Unicamp, Instituto de Artes).
ROCHA, Osório Faleiros (obra póstuma). Reminiscências, volume III. Ribeirão Preto: Editora Cori, 199(?).
FONTE:
Livro de Visitantes do Grêmio Literário e Recreativo de Barretos. (Acervo particular do GLRB).
Link da publicação no site do jornal "O Diário":
Artigo original publicado no jornal "O Diário", 6/8/2019, página 2:
Nenhum comentário:
Postar um comentário