Pesquisar é um verbo muito constante em nossas vidas, pois estamos prontos o tempo todo para vasculhar os inúmeros meios de comunicação do presente a fim de encontrar as peças do quebra-cabeça que nos propomos a montar. Quando o objeto de pesquisa se torna cada vez mais interessante e passa até a brilhar em nossos olhos curiosos, a pesquisa se transforma em prazer e incita-nos a procurar mais e mais respostas para as perguntas que surgem em nossas mentes. Assim podemos descrever como é a situação em pesquisar a história da nossa cidade. Sejamos nós crianças, adultos profissionais de diversos setores, idosos com fartas memórias, todos nos sentimos emocionados em investigar, descobrir e dividir acontecimentos da cidade que brotam dos jornais, das fotografias, de documentos e das brilhantes memórias dos mais velhos.
Isto posto, os jovens de hoje ficam surpreendidos quando ouvem seus avós e bisavós descreverem o cenário passado da Praça Francisco Barreto, principalmente porque percebem que a praça passou por mudanças bruscas tanto em seus aspectos físicos quanto “culturais”. Não há quem não se refira ao passado da Praça sem logo dizer sobre a “fonte luminosa”, construída nos anos dourados, que tanto alimentava o prazer de passear na praça. Conhecida por vários nomes, como “fonte dos apaixonados”, a fonte da Praça central era o principal local de se praticar o “foot”, onde as moças passavam na frente dos rapazes e por ali se começava a tímida paquera dos anos 50 e 60. (Àqueles que viveram isso, perdoe-me se algo não estiver de acordo com o que de fato acontecia na praça, este artigo é baseado em entrevistas escolares e nelas as pessoas contam de diferentes formas a mesma realidade). As fotografias da fonte luminosa, pertencentes ao Museu Ruy Menezes, demonstram por si só a beleza da fonte e tal beleza também é confirmada quando os olhos de quem se lembra da fonte brilham ao recordar.
Também na Praça central encontrava-se o coreto e a maioria das pessoas que recordam deste coreto já o associam às apresentações de bandas musicais. Em um passado não muito distante na cidade, era muito comum e apaixonante ver as apresentações das bandas musicais, sendo que a música era tocada ao vivo e a orquestra tocava ao som temático da comemoração em questão. Há quem se lembre também das entradas japonesas doadas pela colônia japonesa da cidade, eram grandes entradas que ostentavam os quatro cantos da praça e a enfeitava demonstrando a identidade do povo, um povo miscigenado.
Por fim, muitas são as recordações da Praça Francisco Barreto, que no começo do século XX era denominada de “Largo da República”. Afinal, podemos dizer que a Praça central é um local histórico na cidade, pois, conforme a mentalidade da época, foi ao redor da Igreja e da Praça que a cidade cresceu. Às vezes a saudade da aparência antiga da praça bate forte na lembrança de quem viveu naquele tempo, e também de que não viveu, mas pesquisou e conseguiu enxergar a realidade de um tempo já vivido.
ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO" (BARRETOS/SP) EM 26 DE FEVEREIRO DE 2010.
Um comentário:
tinha muita coisa que eu nao sabia
muito legal o blog gostei muito
eu puis o endereço do seu blog no meu blog
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