sexta-feira, 27 de julho de 2018

VIDA LONGA AO RECINTO!

ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA ARMANI MEDEIROS, EM 26 DE JULHO DE 2018, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS", PÁGINA 2  

Recinto em 1971 - Foto do arquivo do SIRVARIG
          Foi de emocionar qualquer barretense a reinauguração do Recinto “Paulo de Lima Correa”, no último dia 20 deste mês. Certamente, boa parte dos barretenses sentiu o coração mais aquecido ao adentrar aquele lindo portal ornado por grandes arabescos em suas cores originais e ver o Recinto novamente na ativa e restaurado.
            “Emoção” e “coração” foram sim as palavras “da vez”. Pois, por mais oficial que tenha sido aquela cerimônia com belas falas do sr. Prefeito Municipal, do sr. Secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo e autoridades, o mais marcante foram os olhares saudosistas e as falas do tipo: “eu já dancei ali”, “já passei por entre os bois na exposição no ano 1960...” ou “assisti ao show do Sérgio Reis ali...”, e assim por diante.
            Inaugurado em 17 de março de 1945 para sediar a 1ª “Feira de Exposição Regional de Animais” organizada pela, então, “Associação Rural Vale do Rio Grande” (hoje SIRVARIG), o Recinto “Paulo de Lima Correa” foi sede das subsequentes feiras expositivas e de 30 edições da festa do peão de boiadeiro até o início da década de 1980. Paulatinamente, teve suas funções desativadas e aos poucos suas edificações foram deterioradas pelo tempo. Porém, os “Amigos do Recinto” e os poderes públicos, interessados pela sua recuperação, restauro e reutilização, por anos lutaram para seu tombamento junto ao CONDEPHAAT. O que foi realizado em 2010. A partir de então, Barretos ganhou um importante selo histórico, ter um bem tombado a nível estadual, o que caracterizaria ainda mais sua importância turística e cultural. Anos e anos, após um complexo projeto de restauro e reforma, o Recinto enfim foi reinaugurado.
            Essa reinauguração possui diversos significados. Emoção, alegria, saudosismo para uns; alívio, ânimo e vigor para outros. Mas, para a área da cultura, o sentido maior é de continuação e responsabilidade em manter aquele espaço que um dia afirmou a importância nacional da pecuária barretense, e que agora tem a chance de renascer para além deste motivo, para a cultura. “Vida longa ao Recinto!”, finalizou o Secretário de Planejamento, Ronaldo Câmara, e que agora externamos como um desejo coletivo!

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