terça-feira, 29 de setembro de 2020

MULHERES NA CAMPANHA ELEITORAL

 ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 29 DE SETEMBRO DE 2020 (página 2) PELA PROFª KARLA ARMANI MEDEIROS

          

Maria Ignez de Ávila Jacintho no primeiro ano de seu mandato como
 vereadora à Câmara de Barretos.

(Fonte: Jornal O Diário, 7/6/1973, p. 1 - Arquivo do Museu "Ruy Menezes").

  A campanha eleitoral se iniciou nesta semana e uma enxurrada de discursos irá movimentar a imprensa, as redes sociais e as conversas dos eleitores. Propostas e posicionamentos dos candidatos serão visíveis até aonde o eleitor nem imagina. Isso porque a política rastreia as pessoas, busca dialogar e se apresentar enquanto plataforma. Os candidatos apresentam discursos de acordo com ideologias de seus partidos, mas também chamam a atenção para questões pessoais, da própria cidade.

            Neste contexto, chama a atenção a quantidade notável de mulheres pleiteando vagas no Executivo e Legislativo. Esse é um quadro de grande avanço na política, que precisa ser ainda ampliado nas eleições futuras. Será uma efetivação da democracia. O interessante é o discurso empolgante de determinadas candidatas, especialmente as aspirantes à edilidade. Discursos que enquadram a participação feminina nos diversos segmentos da sociedade. As candidatas se comprometem em usar a política a favor da igualdade e de ações efetivas em seus campos específicos de atuação. Certamente, a eleição de mulheres como vereadoras proporcionará olhares edificantes a políticas públicas essenciais quanto a trabalho, legislação, proteção, renda, independência, direitos, saúde, maternidade, amamentação, cuidados, instrução, etc.

            Pela movimentação já sentida nas redes sociais, as mulheres estão à frente com olhares certeiros e discursos decisivos. As cadeiras da Câmara provavelmente serão ocupadas por boa parte delas, afinal o Brasil cada vez mais se movimenta neste sentido. Em Barretos, a primeira vereadora eleita foi Maria Ignêz de Ávila Jacintho; atuante em duas legislaturas: 1973-1976 e 1977-1983. Apesar do voto feminino ter sido aprovado em 1932, precisou mais de 40 anos para a cidade ter uma representante mulher na política. E muito bem posicionada, inclusive. Depois dela, a Câmara contou com somente 7 mulheres vereadoras até o momento. É visível que a hora dessa representatividade de fato acontecer, chegou. É agora.

Nenhum comentário: