Os fósseis encontrados foram de uma fêmea com cerca de 30 anos de idade e um garoto de 13 anos de idade, e a possível causa de suas mortes foi a queda em um fosso de 50 metros, provavelmente no meio de uma tempestade. Os dois fósseis pertencem a uma espécie que viveram no período de transição entre o primata e o homem, trata-se dos Australopithecus (austra = sul e pithecus = macaco), sendo estes fósseis batizados de Australopitheus sediba (sediba = fonte). Além disso, tais fósseis estão superando as expectativas de vários cientistas, pois estão prestes a ocupar o posto da espécie de Australopithecus mais próxima do Homo encontrada até hoje, com 1,95 milhões de anos.
De acordo com os estudos dos fósseis encontrados, suas características eram de uma mulher e um garoto com aproximadamente 1,30 metro e seus braços eram alongados, fato que demonstra suas posturas como não eretas. Nas proximidades onde foram encontrados os fósseis, também foram localizados uma grande quantidade de fósseis de animais em “bom” estado de conservação: roedores, coelhos, um antílope e até um felino dente-de-sabre.
Os fósseis foram descobertos em setembro de 2009 pelos cientistas Lee Berger e Paul Dirks, ambos da Universidade de Witwatersrand, em Johannesburgo. Mas, o modo com que foram encontrados foi um tanto “inédito”, pois, Matthew, filho de Berger com apenas 9 anos, foi o primeiro a achar um pedaço (a clavícula) do antepassado humano. Posterior a isto, os outros vestígios foram localizados pelas escavações com mais de 60 cientistas.
Por fim, os estudos dos Australopithecus sediba continuam sendo publicados na Revista Science e os resultados futuros podem revelar mais surpresas sobre a Pré-História Africana. Todos estes detalhes estudados pelos arqueólogos são deveras importantes a todos nós, independente de onde vivemos, pois somos parte do mesmo “início”, dos mesmos ancestrais, aos quais viveram e sobreviveram na “Mãe-África” de 2 milhões de anos atrás.
ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO" (BARRETOS/SP) EM 16 DE ABRIL DE 2010.
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