Em meados da década de 40, uma curiosa e assombrosa história era o tema de um filme exibido pelo Cine-Barretos: Rasputin. A história do mago russo levou alguns barretenses ao cinema, que, em um belo cinematógrafo, causava fortes emoções nos olhos de quem assistia aquela história ocorrida a menos de três décadas daquele tempo. É claro que o cinema adapta uma história real a alucinantes cenas que tentam tocar as emoções dos expectadores, mas, a história de Rasputin nem mesmo precisaria de tantas alterações, pois já fazia parte de uma realidade misteriosa.
Pois bem, Grigori Iefimovitch Novykh, apelidado de Rasputin, era um místico da realeza russa da primeira década do século XX, por alguns era tido como curandeiro, por outros como “depravado” (raspoutny). Sendo os fatos interessantes de sua história: suas profecias e a noite de sua morte. O filho de camponeses russos tinha a aparência um tanto desagradável, possuía a barba desgrenhada, os cabelos muito compridos, desarrumados e gordurosos, um olhar fixo e misterioso e mal sabia ler e escrever.
Rasputin ganhou a confiança da czarina Alexandra Feodorovna depois de aparentemente “curar” seu filho hemofílico Alexis. A partir de então, encantada por seu suposto curandeirismo, a czarina lhe conferiu poderes políticos, onde Rasputin nomeava e derrubava ministros e nobres russos. Isto posto, tamanho poder ocasionou a ira de muitos políticos e em 1916 um dos príncipes da realeza russa ao lado de outros nobres tramavam a morte de Rasputin. No entanto, o mago já havia profetizado em uma carta ao czar Nicolau II, que se ele fosse morto por gente do povo, o czar não teria nada a temer e continuaria em seu trono, mas, acaso fosse assassinado por nobres, a Russia sucumbiria em guerra e a família real também seria extinta.
Poucos dias depois que Rasputin escreveu a carta, o Príncipe Felix Iussupov e outros nobres assassinaram o místico, porém, sua morte foi tão resistente quantos os dias de sua vida. Primeiramente, os nobres envenenaram os bombons e o vinho de Rasputin com cianureto de potássio e ele nada sofreu, em seguida, o Príncipe russo deu-lhe um tiro no peito e mesmo assim o místico conseguiu relutar, foi quando outro nobre atacou violentamente o corpo do místico, que surpreendentemente ainda não tinha morrido. O resistente Rasputin só morreu após ter sido jogado em um rio congelado com o corpo todo amarrado, morreu afogado e de frio.
Os resultados de toda esta trama foram proféticos, a população enchia baldes com as águas do rio onde o famoso curandeiro morrera. Mas, e a realeza? Sim, um ano e meio depois da morte de Rasputin, a Rússia foi tomada por uma Revolução e toda a família real foi assassinada pelos bolcheviques. Coincidência? Isso nem a história pode revelar, mas certamente os barretenses dos anos 40, assim como muitos de hoje, se emocionaram com a misteriosa história do mago Rasputin.
REFERÊNCIAS: Revista História Viva (mar/2010) e documentos do Museu “Ruy Menezes”.
ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO" (BARRETOS/SP), EM 28 DE MAIO DE 2010.
Um comentário:
RASPUTIN RULSSSSS \,,/
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