segunda-feira, 10 de maio de 2010

O MÊS DE MAIO


            Por muito tempo, em diferentes culturas, desde meninas as mulheres eram preparadas para o dia de seus casamentos e para a vida a dois que intentavam durar por todo o sempre. Todo este passado nos é contado por mulheres que viveram estas experiências e que ainda guardam em suas memórias “o dia mais feliz de suas vidas”. Hoje, apesar das mudanças de mentalidades, o casamento ainda faz parte de nossa realidade e algumas de suas tradições se fazem presentes nas cerimônias, como por exemplo, o vestido branco da noiva, o buquê de flores, a festa com suas danças tradicionais e a famosa lua-de-mel.
            Também como tradição, já dizia o “ditado” que “maio é o mês das noivas”. Leitores, já se perguntaram o porquê de maio ser o mês das noivas? Para responder isso é claro que recorremos à História, e, mais uma vez, ela responde uma questão atual tendo como fonte o próprio passado.
            Por influência da Igreja Católica, o mês de maio foi instituído como o mês do casamento pelo fato de maio ser o mês da consagração de Maria, mãe de Jesus Cristo, e também é o mês de comemoração do dia das mães. Isto é, “como maio é Mês de Maria e das Mães, a noiva teoricamente é aquela que deseja ser mãe, por isso que talvez tenha nascido essa relação”, explicou o Padre Francisco Grecco, da Igreja São Jorge Mártir, em depoimento registrado na internet.
            O casamento tornou-se uma cerimônia oficial a partir dos anos de 1534 a 1539, passou então a ser representado como um ato público mediante a celebração religiosa concebida por um representante da igreja e envolta a inúmeras pessoas convidadas. Com o passar dos tempos e com as transformações sociais dos séculos, o casamento não só representava a união de um casal perante as bênçãos de Deus, como também passou à condição de uma instituição social e civil, decretando, pois, a união material de dois cidadãos que iriam dividir seus bens. No Brasil, o casamento religioso deixou de ser oficial, para que o casamento civil assim o tornasse, somente com a primeira Constituição Republicana em 1891.
            Porquanto, a união conjugal de um casal sempre esteve presente na história da humanidade, fato que a torna uma característica da essência humana, ou seja, além das diferenças culturais e temporais. O que se transformou ao longo do tempo foram as maneiras de se considerar a união de um casal como um “casamento” e as diferentes festividades e significados envolvidos nas cerimônias. Enfim, mesmo com todas as transformações e com todos os anos passados desde sua origem, o casamento sobrevive aos tempos atuais e renasce como um sonho de muitas mulheres e homens que acreditam na vida de um amor duradouro conquistado dia após dia.


ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL"O DIÁRIO" (BARRETOS/SP) EM 07 DE MAIO DE 2010.

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