A História, como uma disciplina científica que estuda o passado e sua relação com os homens, ao longo do tempo foi tema de muitos livros publicados desde a Idade Antiga até os dias de hoje. Naturalmente, estas publicações foram reflexos de suas respectivas épocas e as tendências que se encontram em uma, vêem-se pouco em outra. Assim, conforme as necessidades de cada período a escrita da história se baseia em um tipo de linguagem que pode atrair ou não o público alvo.
Leitor amigo, você tem lido livros de História nos últimos tempos? Reparou que ultimamente muito se tem falado de personagens históricos, identidades coletivas e culturas regionais? Porque este tema tem despertado tanto interesse? A resposta esta na fácil linguagem e na identificação entre o que está escrito e a identidade da pessoa que esta lendo.
Até pouco tempo atrás, os livros de História publicados por editoras populares eram em demasia comprometidos com as teses de doutoramento e, por isso, sua linguagem científica era carregada de termos específicos e de difícil compreensão. Este tipo de publicação é ainda muito bem aceito pelas academias de História, pois respeitam os desígnios científicos da disciplina e passam pelo crivo de profissionais especializados em determinadas temáticas. As publicações científicas são significativamente importantes para a formação de historiadores e a atualização permanente da historiografia.
No entanto, cresce no Brasil uma nova tendência de livros de História, que, paralelo às publicações de mestrado e doutorado, também é caracterizada pela cientificidade. Historiadores têm se comprometido em publicar edições sobre assuntos específicos e novos, jamais estudados em livros didáticos. Estes assuntos, porém, são verbalizados em linguagens de fácil acesso, carregados de ilustrações e nem tanto interligados com teorias da história. Essa falta de comprometimento com os conceitos e teorias é que, vez ou outra, delibera críticas das academias de História. Acontece que, os historiadores desta nova tendência publicam livros deste tipo na intenção de descongelar o passado e trazê-lo às pessoas, mostrando a elas as histórias mais interessantes do país, de algumas famílias, de regiões e da origem da nossa identidade coletiva.
Neste ramo, destacam-se as historiadoras brasileiras Lilia M. Schwarcz e Mary Del Priore, sendo a última autora de livros que destacam a cultura das mulheres na história do Brasil, a trajetória do suposto Dom Pedro III, a vida amorosa de Euclides da Cunha, entre outros. São temáticas que revelam detalhes interessantes aos olhos de qualquer leitor, o transporta ao passado numa saborosa viagem no tempo fazendo com que ele passe a gostar de História. Enfim, os livros de História atuais, campeões de vendas nas editoras brasileiras, são aqueles que, escrito por historiadores e entrelaçados pelos ditames da literatura, atraem o leitor e faz com que ele se identifique com a comunidade em que vive, contribuindo assim com a reflexão à cidadania – uma vida coletiva construída pela mesma história.
Um comentário:
saudades de você, beijo
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