ARTIGO PUBLICADO POR KARLA O. ARMANI, EM 4 DE NOVEMBRO DE 2011, PELO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS"
Em novembro muitos fatos históricos aconteceram ao longo da trajetória humana na Terra. É possível estabelecer uma vasta linha do tempo utilizando os trinta dias do mês de novembro. Por exemplo, foi no dia 3 de novembro de 1812 que o exército de Napoleão Bonaparte foi derrotado pelos russos; em 4 de novembro de 1920 o arqueólogo Howard Carter descobriu a suntuosa tumba do faraó Tutancâmon; no dia 15 de novembro de 1889 é proclamada a República brasileira; em 20 de novembro de 1695, Zumbi, líder do quilombo dos Palmares, é morto por tropas portuguesas e em 30 de novembro de 1900 morreu o famoso escritor irlandês Oscar Wilde. De tantos exemplos, poderíamos dissertar sobre o dia 1º de novembro de 1512, uma data que ficaria marcada na história da arte de todos os tempos, o dia em que o afresco de Michelangelo foi exibido ao público pela primeira vez.
Esta data foi muito importante porque uma obra como os afrescos da Capela Sistina marcaram uma nova visão do homem perante a arte, a religião, a cultura e até mesmo à sociedade. Neste período da história, as obras de arte demonstraram a capacidade de criação do homem, é o momento em que o individualismo do artista se torna vigente nas próprias pinturas. O homem passa a ser visto como o centro do universo, distanciando-se aos poucos daquela visão medieval que se pautava puramente na religião como orientação exclusiva da arte e da ciência.
“Renascimento” foi o termo utilizado pela historiografia para denominar esta época de inovação na mentalidade, que, diga-se de passagem, vigorava exclusivamente no espaço europeu. O nome “renascimento” foi utilizado pelo historiador francês Michelet, que viveu no século XIX, e escreveu várias obras sobre o período medieval tendo como fonte as obras de arte européias que ele conheceu em suas várias viagens pelas cidades medievais. A palavra “re-nascimento” foi escolhida para designar este período pelo fato de “renascer” nesta época os valores da cultura greco-romana, todo o valor dado ao homem (antropocentrismo), a sua capacidade de criação, aos estudos anatômicos do corpo humano, bem como a perfeição das formas do corpo (hedonismo) foram resgatados pelos artistas dos séculos XV e XVI em diante. Nas pinturas e esculturas de Michelangelo é possível verificar a perfeição das formas humanas, visto que o artista dissecava cadáveres a fim de examinar os detalhes do corpo humano para serem retratados da maneira mais perfeita possível.
Enfim, o Renascimento é somente um dos vários temas que será retratado neste espaço do jornal “O Diário” no mês de novembro. Muito se tem a falar sobre a história do mundo, do Brasil e de Barretos. Que o mês de novembro traga muitas reflexões que sirva-nos como inspirações e reflexões!
Fonte: Revista Aventuras na História – nov/2011
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