ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª KARLA O. ARMANI NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 01 DE ABRIL DE 2012
“Ao povo, às
autoridades, nossa inabalável fé nos destinos de Barretos e região”
(Jornal “O
Diário”, 01de abril de 1969)
Há exatos quarenta e três anos, o
jornal “O Diário” publicava sua primeira edição para assinantes de Barretos e
região. Hoje, com suas páginas amareladas, esta primeira edição é parte da
longa história da imprensa que encontra abrigo no Museu Ruy Menezes. A frase
acima ilustra a primeira página da edição 1 do jornal e ao interpreta-la já se
percebe que a intenção do mesmo era levar informações não só a Barretos, bem
como à região, e assim o fez pois já na primeira edição foram exibidas notícias
de Barretos, Jaboticabal, Planura e Guaíra. Deste modo, desde esse dia o jornal
“O Diário”, que então contava com 8 páginas e tempos depois chegando até a 16
páginas, chega a casa dos barretenses em todas as manhãs (com exceção das
segundas-feiras).
A primeira edição registrava um
núcleo sortido de reportagens, mas as principais delas foram redigidas pelo
próprio Monteiro Filho na intenção de explicar aos leitores a novidade que era
um jornal diário para a cidade naquela época. Para se ter ideia, naquele final
dos anos 60, Barretos contava com cinco jornais, eram eles: “A Semana” (bi-semanário); “O Correio de
Barretos” (bi-semanário); “Cidade de Barretos (bi-semanário); “Mini Jornal”
(semanário) e, a partir de então, “O Diário” (diário). A maioria destes jornais
já perfazia muitas décadas de funcionamento, mas nenhum deles era diário. O que
não quer dizer que Barretos nunca tivesse passado pela experiência de jornais
diários, afinal em 1906 e em 1946, mesmo com poucos anos de funcionamento,
foram editados os jornais da 1ª e 2ª fase de “O Diário de Barretos”.
O interessante não é só o fato de o
jornal ter trazido a novidade de ser publicado diariamente, “O Diário” também
demonstrava uma formatação diferenciada daqueles jornais mais antigos. Há muito
tempo, os jornais de Barretos eram formatados num modelo padrão de várias
colunas estreitas numa mesma página, sendo que muitas reportagens começavam
numa página e, recortadas, terminavam em outra. Em “O Diário” a formatação era
diferenciada, talvez um modelo novo na imprensa brasileira daquele período,
onde as colunas eram mais largas e o espaçamento entre as linhas também, o que
facilitava a leitura.
Na primeira edição do jornal “O
Diário” de 1969, os proprietários, redatores e colaboradores tiveram o cuidado
de informar dados estatísticos sobre a cidade, deste modo, foi possível que nós
aqui do presente entendêssemos o contexto de fundação do jornal. Segundo tais
dados, Barretos possuía uma população de 75 mil habitantes e 850 casas
comerciais. Outra informação de igual valor foi o texto produzido por Ruy
Menezes, em que ele apontava um histórico da imprensa em Barretos, dados os
quais foram utilizados para compor este texto.
Enfim, 43 anos se passaram e o
jornal “O Diário” continua presente no cotidiano dos barretenses e na memória
da cidade. Seja como fonte histórica, referência de informação e/ou arquivo de
registros ilustrativos ou de acontecimentos, o jornal “O Diário” é parte de um
passado, presente e futuro em Barretos.
A todos que compõem e compuseram a
equipe do jornal “O Diário”, o nosso reconhecimento.
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