ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª KARLA O. ARMANI NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 13 DE MARÇO DE 2012
Esta semana é internacionalmente
conhecida como a semana da mulher e por isso é comum tomarmos nota de
biografias de mulheres conhecidas no país ou no mundo a fim de demonstrar como
a história dessas mulheres podem desafiar uma época e transformar o ambiente em
que vivem. A biografia que será resumida neste texto não tem a intenção de
mostrar um exemplo de uma “grande” mulher, mas sim de enobrecer pequenos gestos
de uma mulher que, por um bem maior, foram capazes de mudar vidas.
A história trata da vida da menina
Agnes Gonxha Bojaxhiu, nascida em 26 de agosto de 1910, em Üsküb, hoje Skopje,
capital da República da Macedônia. No período em que ela nasceu e viveu sua
infância, o local em que vivia era uma zona em constantes conflitos civis que
já atravessava longos anos. Embora isso fosse uma realidade, sua família fazia
parte de um clã católico, que prezava, sobretudo, os valores familiares e a
extinção do egoísmo.
Seu pai se chamava Nikolai, a mãe
Dranafile, seus irmãos Age e Lázaro, e Agnes era a caçula da família. Seu pai,
militante nacionalista da Albânia falecera de um mal súbito, e a mãe passou a
tomar conta da família dedicando-se ao comércio. A família de Agnes participava
muito da Ação Católica, no coral, em teatros ou na ajuda aos pobres. Com 12
anos ela sentiu pela primeira vez a necessidade de tornar-se religiosa, fato
que a mãe só foi aceitar anos mais tardes. Tornou-se então voluntária da ordem
de Nossa Senhora de Loreto, que costumava mandar missionárias para os países
colonizados pelos britânicos, como a Índia. Em 1928 partiu em missão religiosa
e nunca mais voltou a ver a família, costumava dizer: “pelo sangue, sou albanesa. Pela nacionalidade, indiana. Pela fé, sou
uma religiosa católica. Por vocação, pertenço ao mundo. Pelo meu coração,
pertenço inteiramente ao coração de Jesus!”.
Desembarcou em Calcutá, em 1929
passou a usar o hábito branco de noviça, em 1931 fez seus votos de pobreza,
castidade e obediência e passou a tomar o nome de Teresa. Madre Teresa de Calcutá, como ficou conhecida mundialmente pela
caridade e ajuda ao próximo. Depois de muito ajudar os necessitados no Oriente,
no início da década de 50, Madre Teresa conseguiu do Vaticano a autorização
para fundar sua própria ordem, a Congregação das Missionárias da Caridade.
Desfez-se do hábito ocidental e passou a usar um sári branco, como os indianos,
só que acrescido das três faixas marianas, de acordo com o costume católico.
Desde então, a sede da congregação das Missionárias da Caridade foi enfermaria,
escola, asilo e leprosário. Madre Teresa faleceu em 1997, aos 87 anos, foi
beatificada em 2003 e sua ordem hoje conta com cerca de 4.500 religiosos e mais
de 70 casas de acolhimento.
Na semana da mulher, Madre Teresa de
Calcutá, em poucas palavras, mostra que a vida de uma mulher pode ser muito
mais que um exemplo, uma obra de caridade.
REFERÊNCIA: Revista História Viva – Ano VII, nº 77.
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