ARTIGO PUBLICADO POR KARLA O. ARMANI NA REVISTA "AÇÃO E VIDA" DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BARRETOS - 9/1/2011
A convite da Provedoria da Santa Casa de Barretos fui convidada a iniciar um levantamento histórico sobre os noventa anos da instituição completados em janeiro de 2011. Desde o início pensei que seria um trabalho denso, já que noventa anos é um período longo para ser decifrado, descongelado e disseminado. Meu objetivo então passou a ser uma união de valores, isto é, proporcionar aos funcionários da Santa Casa uma orientação histórica sobre o local de trabalho onde eles convivem diariamente e oferecer à comunidade uma linha do tempo do hospital que desde os anos 20 atende a maioria da população barretense.
A pesquisa então passou a ser dividida em dois momentos. O primeiro foi a elaboração dos textos que estão publicados nesta revista; são artigos baseados em uma pesquisa inicial pautada na leitura e análise de atas, fotografias, jornais e entrevistas. Num segundo momento, a intenção da Santa Casa é produzir um livro que especifique em detalhes os principais acontecimentos do hospital e sua relação com a história de Barretos.
Antes de escrever os textos que aqui estão, minha preocupação era levantar a maior quantidade possível de fontes históricas sobre a Santa Casa de Barretos; trabalho que ainda não cessou. Além de começar a ler as antigas atas do hospital, que na verdade eram textos com letras que mais pareciam códigos de tão difíceis de ler, também pesquisei em partes do acervo do Museu Histórico, Artístico e Folclórico “Ruy Menezes”. Neste Museu está concentrada e devidamente preservada a história de Barretos, afinal é no Museu que encontramos jornais e documentos capazes de refletir a história da comunidade barretense e construir sua memória.
Depois da pesquisa nos documentos escritos, o trabalho foi projetado para a elaboração de entrevistas com personalidades que, cada qual a sua maneira, participaram da história do hospital. Nesta etapa, contos foram lembrados, sorrisos foram abertos, saudades foram brotadas e emoções foram afloradas. Por enquanto foram entrevistadas quatro figuras interessantíssimas, mas o trabalho de entrevistas também não terminou; e todas as pessoas que possuírem lembranças do hospital e queiram compartilhá-las estão convidadas a entrarem nesta viagem no tempo.
Desde o início das pesquisas pude contar com a ajuda de pessoas que se tornaram colaboradores de todo o trabalho. Se eu pudesse resumir os agradecimentos em nome de duas destas pessoas, seria a estagiária Janaina Z. Gomes, estudante do Curso de História da Faculdade Barretos, que muito tem se empenhado em desvendar a linha do tempo do hospital, e a querida funcionária Zezé, secretária da Diretoria Clínica, a qual divide seu local de trabalho comigo, com a Janaina e com as imensas pilhas de documentos antigos da Santa Casa. À Provedoria e aos funcionários da Santa Casa o meu sincero agradecimento pelo convite e pela disposição em ajudar na aventura de trazer de volta um passado de noventa anos.
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