Mesmo com tamanha dedicação da Sociedade Espírita, era necessário ampliar a saúde pública de Barretos e fundar uma instituição profissional que fornecesse um local seguro e acolhedor para realizar os tratamentos e cirurgias dos doentes. Ao que se consta, tudo começou com a primeira reunião na casa do pároco José Martins, em 15 de janeiro de 1917, quando foi fundada a “Comissão Promotora da Fundação da Casa de Misericórdia de Barretos”. Meses depois, em agosto, outra reunião se realizou, agora na Praça Francisco Barreto, onde o Padre José Martins anunciou a doação do terreno foreiro da Igreja para a construção do prédio do hospital de Barretos. Ainda mais, na mesma reunião era eleita a Diretoria Provisória, tendo José Garcia Vassimom como presidente; para vice-presidente o Pe. José Martins; secretário João Machado de Barros e tesoureiro Francisco Conde.
A história demonstra que muitas pessoas da cidade entraram em consonância com a campanha para angariar fundos em prol da construção do hospital que foi merecidamente denominado “Casa de Misericórdia de Barretos”. Isso é tão verdade que no dia do lançamento da primeira pedra do hospital, 30 de janeiro de 1918, a cidade parecia estar em festa. A fotografia deste dia, guardada com carinho pelo hospital, revela as festividades que animaram a tímida população barretense no dia tão esperado. Veem-se pessoas atentas aos discursos, vestidas com trajes elegantes da época, os homens de chapéu e mulheres com longos vestidos, um grupo de escoteiros se apresentando, fanfarras uniformizadas das escolas, estandartes de procissões e muita alegria.
Em nove de janeiro de 1921 foi realizada a nomeação da primeira mesa administrativa da instituição, data hoje reconhecida pelo hospital como seu marco de fundação. Em abril do mesmo ano, quando de fato se inaugurou a Santa Casa de Misericórdia de Barretos, as fotografias também destacaram as festividades da comemoração, sendo o primeiro provedor dr. Pedro Paulo de Souza Nogueira e o primeiro diretor clínico dr. Henrique Pamplona de Menezes. Pessoas de todos os tipos encontravam-se naquela ocasião, que marcou o primeiro sopro de vida do hospital.
Muitas histórias se sucederam e cada conquista do hospital da vida tem sido muito comemorada entre os barretenses. E a caminhada não para... muito se tem a conquistar e a comemorar.
da Sociedade Espírita “25 de Dezembro”.
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