ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 29 DE JULHO DE 2012 PELA PROFª KARLA O. ARMANI
A História é uma ciência que estuda
o homem em sociedade ao longo do tempo através de vestígios que restaram do
passado. Exatamente por estudar o “homem”, ela pode estar presente no cotidiano
das pessoas, uma vez que todos nós somos sujeitos históricos e estamos
inseridos nos tempos passado, presente e futuro. Assim, falar de história não é
só falar dos “fatos marcantes”, das nações ou de seus personagens políticos, é
também refletir sobre a nossa vida e como ela pode se relacionar com os
acontecimentos da cidade, do país e do mundo. Como vivemos em sociedade e
compartilhamos de experiências em comum, é formada entre nós uma “memória
coletiva”, uma identidade. Esta memória é sempre relembrada pelas pessoas e
pode se tornar um assunto interessante, divertido e instigante, inclusive pela
internet.
Nos tempos atuais, a vida está cada dia
mais ligada à internet, principalmente às redes sociais. O hábito de conversar
na calçada de casa com os vizinhos, na roda de amigos em um bar ou até nas
praças públicas, cada vez mais perde para os “chats” das redes sociais. A
internet, bem ou mal, disponibiliza conversas on-line, adição de amigos
virtuais e compartilhamento de textos, vídeos e fotografias. E é neste ponto
que a História tem sido muito discutida na atualidade.
É como se estivesse na “moda” falar
de História (um fenômeno), em especial às histórias de vida que as pessoas (ou
grupo de pessoas) de uma cidade, empresa ou bairro possuem em comum.
Geralmente, as “conversas” em que as pessoas dividem suas experiências são
registradas em blogs ou grupos montados em redes sociais. Nestes espaços, os
indíviduos compartilham suas lembranças através de depoimentos escritos e
fotografias digitalizadas.
É interessante analisar este
fenômeno notadamente por conta da fotografia. Desde o princípio da evolução
humana, a sociedade sempre foi muito ligada à imagem, fosse por desenhos em
cavernas, tabuletas de argila, papiros, esculturas, livros ou fotografias. Na
época atual, a imagem está em grande evidência, uma vez que a mídia de
televisão, jornal, publicidade e outras cada vez mais a utiliza como atrativo.
Deste modo, dentro do fenômeno das redes sociais sobre História, as fotografias
antigas também estão em destaque, uma vez que as pessoas as compartilham na
intenção de recordarem sobre determinados acontecimentos do passado. Isso
acontece porque a imagem pode informar sobre detalhes que, muitas vezes, as
palavras não conseguem alcançar. Esta disponibilidade de imagens e depoimentos
é muito importante à História, bem como aos historiadores, porque além de
ajudar nas pesquisas históricas, auxilia também na valorização e preservação
das fontes históricas.
Este fenômeno da internet diante à
História, que cada vez mais atinge várias cidades da região, inclusive
Barretos, demonstra ao poder público e à sociedade em geral que as pessoas se
preocupam SIM com sua história e memória. É perceptível a satisfação e a
alegria de muitos cidadãos em declararem suas lembraças e informarem sobre
lugares de memória e personagens do passado que não existem mais. Que isto
sirva como exemplo ao poder público de como o povo gosta de sua história e a
quer preservar. Afinal, um povo sem história não é mesmo nem um povo!
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