ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 9 DE SETEMBRO DE 2012 PELA PROFª KARLA O. ARMANI
A internet, como um meio de comunicação
eficaz e rico em informações, pode ser utilizada de maneiras positivas em prol
da educação, em especial ao ensino de História. E é isso que vem acontecendo
desde o dia 20 de agosto com a abertura da “4ª Olimpíada Nacional em História
do Brasil” promovida pela Unicamp no Museu Exploratório de Ciências. De uma
forma atraente e bastante consistente, a Olimpíada de História conseguiu ganhar
a adesão de mais de 120 mil alunos e professores, que, juntos estudam uma nova
proposta de História do Brasil.
A “Olimpíada Nacional em História do
Brasil” conta a participação de alunos das escolas públicas e particulares de
todos os estados do Brasil. Cada equipe é composta por três alunos e um
professor orientador, tendo ainda uma identidade pois precisam ter um nome e
uma imagem própria. A olimpíada é composta por seis fases, das quais cinco são
online e a última é presencial, e cada fase tem um número determinado de
questões de múltipla escolha e uma tarefa. Nesta edição, a olimpíada possui
como tema e inspiração “Conflitos e embates em história”, o qual será utilizado
como tema de pesquisa para a história
local. Assim, os alunos terão de pesquisar movimentos de resistências,
conflitos e protestos dentro da história da própria cidade!
Exercícios como este fazem com que os
alunos aprendam a pensar a história de modo diferenciado, como uma construção e
não como uma disciplina estática. Aquela “velha” imagem da História como uma
matéria de “decoreba” é completamente quebrada com os exercícios da olimpíada.
Nesta, os alunos são convidados a refletir sobre determinados períodos da
história do Brasil a partir de análises de documentos. Desta maneira, não há
como responder as questões e tarefas com informações simplistas e decorativas.
O atrativo da olimpíada está exatamente na leitura e análises dos documentos,
que podem gerar respostas mais completas baseadas na interpretação dos
documentos. É como se aluno se transformasse num “historiador”, pois passa a
trabalhar diante das fontes históricas.
A variedade de documentos lançados pela
olimpíada em cada questão é muito importante não só para o universo do aluno,
que passa a perceber a construção da história através das fontes, mas também
para o professor, que tem a chance de acumular materiais que poderão ser usadas
nas salas de aulas, trabalhos e avaliações. A partir do momento que a olimpíada
divulga estes documentos nas questões e os lugares (sites e livros) onde estão
disponíveis, o aluno compreende como pode usar a internet e livros acadêmicos
como fontes de estudos. Sobretudo, a disponibilização destes documentos
evidencia a importância de preservá-los, bem como seus lugares de guarda
(museus, bibliotecas, universidades), já que eles são a chave para se pesquisar
o passado e dialogar com o presente.
Por esse e outros motivos, o curso de
História da Unicamp e o Museu Exploratório de Ciências estão de parabéns pela
bela iniciativa de renovar o estudo da história do Brasil! Que venham as novas
edições!
Nenhum comentário:
Postar um comentário