ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" EM 24 DE JUNHO DE 2012 PELA PROFª KARLA O. ARMANI
O ano de 2012 está repleto de
comemorações que estão rendendo homangens a um “punhado” de gente. São
centenários de artistas, de composições de grandes obras artísticas,
literárias, fílmicas ou musicais, ou, ainda, acontecimentos na história do
Brasil e mundial. Estes tipos de homenagens, mesmo que privilegiem as datas
“marcantes”, acabam por popularizar a história. Trata-se de um modo das pessoas
se tornarem mais próximas do passado, conhecê-lo através de novas linguagens
como as novelas, os filmes e os livros.
Isso tudo é resultado dos
impactantes anos 10 do século XX, que, no Brasil, foram os responsáveis pela
“modernização” de algumas cidades, principalmente àquelas da região sudeste do
país. Nesta década, em regiões mais prósperas economicamente, muitas cidades
foram palco de transformações sociais e políticas. A década de 10 foi a época
de nascimentos de poetas como Jorge Amado (1912), revoltas messiânicas como a
Guerra do Contestado, e até acontecimentos mundiais como o trágico acidente com
o Titanic.
Os centenários destas datas têm
inspirado as produções ou reproduções de grandes filmes, seriados e/ou novelas.
Estes meios de comunicação são mais acessíveis à população e, por usar o
recurso da “imagem”, também se tornam mais atraentes. Desta maneira, temas
históricos têm sido mais discutidos e disseminados na sociedade contemporânea.
É claro que aprender “história” através dos livros e das aulas de história
continuam sendo os recursos mais importantes na aprendizagem. No entanto, estas
comemorações centenárias, ao utilizar tais recursos imagéticos, acabam por
atrair determinados indivíduos ao estudo da história, à imaginação do passado e
à memória.
Por exemplo, o remake da novela
“Gabriela” atualmente exibido pela Rede Globo de Televisão em comemoração do
centenário de Jorge Amador (autor do romance literário), pode chamar atenção
das pessoas em relação à situação da Bahia no início do século XX. Ao juntar o
conhecimento básico em história que adquirimos na escola, com a imaginação que
o cenário novelístico pode oferecer-nos, é muito mais palpável o acesso ao
passado, principalmente em relação à percepção de suas mudanças e permanências.
É claro que, existem os “poréns” quando se trata de novelas, filmes ou
literatura. Estes são recursos mais fictícios, não voltados à ciência como é a
história, mas isso não significa que não podem ser analisados como fontes
históricas. As ideologias presentes nas novelas e nos filmes também querem
dizer algo da época, mais até do que o próprio conteúdo a ser abordado.
Enfim, o fato é que as diversas
comemorações que estão acontecendo neste ano de 2012 são de suma importância
não só para as homenagens a pessoas ou fatos marcantes, bem como aos novos
olhares que podem surgir perante as obras clássicas. A história está aí para
ser revista, inclusive de novas maneiras.
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